Polícia

É grave estado de saúde de menino baleado por PM

10 fev 2005 às 19:15

Ainda é muito grave o estado de saúde do menino de nove anos que levou seis tiros de polícias militares terça-feira de madrugada durante uma perseguição policial, em Ourizona (32 km a noroeste de Maringá), na beira do Rio Ivaí.

Policiais do 7º Batalhão da Polícia Militar, de Cruzeiro do Oeste (25 km a leste de Umuarama), que investigavam o roubo de dois carros em Paiçandu (10 km a leste de Maringá), teriam se confundido e disparado ao menos 20 tiros contra um caminhão de Maringá. de Cruzeiro do Oeste, que fica a 130 Km de Maringá. A polícia pensou que o caminhão onde o menino estava era roubado. As crianças e dois amigos da família tinham acabado de pescar no rio Ivaí, em uma área rural de Maringá.


O boletim divulgado às 16h desta quinta-feira pelo Hospital Universitário de Maringá, onde o garoto está internado, informou que o estado de saúde do menino é bastante grave, que ele respira por aparelhos e está inconsciente.


A outra criança, baleada na perna, foi internada em um hospital de Cianorte, mas recebeu alta na manhã desta quarta-feira.


Durante a madrugada, por volta das 2 horas, a polícia recebeu a informação de que dois carros, um Fiat Palio e uma Toyota Hilux, tinham sido roubados em Paiçandu. Como o sistema de segurança da caminhonete é monitorado por satélite, eles descobriram que o veículo estava passando naquele momento pela ponte do Rio Ivaí, na PR-554. ''Foi quando viram um caminhão suspeito, que começou a se movimentar com a chegada da viatura. Como o veículo se recusou a parar, os policiais acharam que seria a caminhonete roubada e decidiram atirar'', relatou o delegado Valdir Samparo.


Os dois homens que estavam com as crianças no caminhão disseram que fugiram porque a pesca estava proibida no rio Ivaí e acharam que estavam sendo abordados por causa disso.

Segundo a Secretaria Estadual de Segurança Pública, os oito policiais estão afastados, as armas usadas no tiroteio foram recolhidas para perícia e dois inquéritos policiais serão instaurados para investigação do caso, um pela própria Polícia Militar e outro pela Polícia Civil, pela delegacia de Mandaguaçu.


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