Policiais Civis do Grupo de Diligências Especiais (GDE), da 6ª Subdivisão de Foz do Iguaçu, prenderam dois integrantes de uma quadrilha que praticava assaltos a compristas na BR 277, entre Cascavel e Foz do Iguaçu. Outros três integrantes do grupo foram identificados por vítimas e estão com pedido de prisão preventiva. A polícia localizou em residência abandonada na Vila Miranda um fuzil calibre 762 com carregador e sem número de identificação e um revólver calibre 38, pertencentes ao grupo.
O delegado de polícia que coordenou as operações, Amarildo Antunes, disse que em 15 dias de investigações a polícia solucionou três assaltos ocorridos na BR 277, na região de Medianeira, e um homicídio ocorrido em Foz do Iguaçu. "Prendemos dois integrantes da quadrilha no dia 14 e com a apreensão das armas o trabalho está praticamente concluído", diz o delegado. As armas foram localizadas após denúncia anônima feita no disque denúncia 197.
AÇÃO VIOLENTA - O grupo abordava vans a caminho de Foz do Iguaçu utilizando dois veículos. Para fazer as vans pararem, atiravam contra o motorista ou os passageiros ou tiravam a van da estrada e levavam as vítimas até estradas vicinais para praticar os assaltos. Num deles, no dia 6 de maio, um grupo de empresários de Cascavel que ia para o aeroporto de Foz do Iguaçu foi vítima da quadrilha. Um policial militar de Cascavel que também estava na van teve o revólver calibre 40 roubado.
"Essa arma foi usada no assassinato do adolescente Jonatas Willian da Silva Moreno, no dia 9 de maio, no bairro Cidade Nova", conta o delegado. Na investigação do crime, a polícia havia descoberto que fora usada uma arma de uso reservado das polícias civil e militar e os cartuchos detonados haviam sido levados pelo assassino. "No dia 14 de maio, o grupo praticou mais dois assaltos contra vans na BR 277", diz Antunes. No primeiro, foi abordada uma van com compristas vindos de Londrina próximo a Medianeira, mas o motorista consegui fugir.
Em nova tentativa de assalto, no mesmo dia, o grupo conseguiu abordar outra van, que levava jornais para Foz do Iguaçu. "O grupo desistiu dos assaltos e foi para Foz do Iguaçu, quando acabou perseguido pela Rotam". Na fuga, um dos carros, um Glof, capotou e os passageiros fugiram. "Descobrimos o proprietário do veículo, que disse ter emprestado o carro para um amigo, de nome Maikon Jackson dos Santos, 20 anos", conta o delegado Antunes. Na casa de Maikon dos Santos, a polícia encontrou armas, munições e objetos pessoais das vítimas dos assaltos. "Ele disse que tinha recebido tudo de um menor de 17 anos que, procurado pela polícia, confessou fazer parte da quadrilha da qual Maikon também fazia parte, juntamente com outros três homens já identificados".
Na delegacia, no dia 18 de maio, as vítimas do assalto do dia 6 reconheceram o menor e Maikon Jackson dos Santos e identificaram os outros três homens apontados como integrantes da quadrilha. "Em uma máquina fotográfica das vítimas encontramos fotos de Santos com a arma roubada do policial militar, bem como fotografias do armamento utilizado pela quadrilha e de dinheiro possivelmente roubado" (com AEN).