Depois da morte da menina Daniele Moreira de Assis, de 14 anos, ocorrida na sexta-feira passada (2) dentro da Escola Estadual Santos Dummont, no centro de Cascavel, no oeste do Paraná, os colegas voltaram apenas hoje a estudar. A diretora da escola, Elza Miquete, convidou religiosos para fazer uma oração por Daniele e uma psicóloga está acompanhando as aulas. "A morte é considerada um tabu e uma morte violenta como essa é difícil para os adolescentes entenderem", disse a psicóloga Ivete Pelizeti.
Daniele levou um tiro na nuca, por volta de 9 horas da manhã, quando estava dentro da sala de aula, onde cursava a oitava série. O disparo foi feito por um colega, que levou um revólver na mochila. Ele estaria mostrando a arma aos demais alunos e o revólver disparou acidentalmente. O rapaz, de 16 anos, tinha perdido o irmão recentemente, e dizia que portava a arma porque também estava sendo ameaçado de morte.
"O que eu não consigo entender é como um pai não percebe que o filho está prestes a fazer uma besteira", disse Francisco Carlos Barroso da Silva, avô de Daniele, que a criou como sua filha. "Mas eu o perdoo. Agora é a justiça que deve tomar as providências".
O rapaz está detido em um instituição para adolescentes. A Polícia Militar, por meio da Patrulha Escolar, não descarta a possibilidade de revistar os materiais dos alunos para evitar a entrada de armas. A diretora fez este pedido, mas efetivá-lo depende de anuência dos pais. (Com informações da Rádio CBN Cascavel).