O delegado-chefe da Receita Estadual em Londrina, José Luiz Favoreto Pereira, e o investigador da Polícia Civil, Jeferson Pereira dos Santos, foram presos preventivamente na manhã deste sábado (14) em operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Eles estariam envolvidos no esquema de exploração sexual investigado na cidade. O fotógrafo e ex-assessor da Casa Civil, Marcelo Caramori, também teve nova prisão preventiva decretada.
O delegado do Gaeco, Ernandes Cezar Alves, disse que o funcionário da Receita e o policial seriam clientes da rede de exploração alvo do Ministério Público. Foram feitas buscas e apreensões em dois imóveis pertencentes a Favoreto. Um deles, no centro da cidade, seria usado para encontros com adolescentes. Elas tinham relações sexuais com os envolvidos mediante pagamento.
José Luiz Favoreto será substituído no cargo na próxima quarta-feira (18). A exoneração dele, assinada pelo governador e pelo chefe da Casa Civil, foi determinada na última quarta-feira (11) e publicada no dia seguinte no Diário Oficial do Estado. O motivo para a troca não foi especificado.
O Departamento da Polícia Civil comunicou em nota que o investigador Jeferson Pereira dos Santos foi afastado de suas funções e passará responder a um processo administrativo disciplinar junto à Corregedoria Geral da Polícia Civil. Ao fim deste processo, ele poderá inclusive ser demitido da Polícia Civil, se ficar comprovado seu envolvimento e se assim entender o Conselho da Polícia Civil, órgão máximo da instituição e que deverá julgar o caso.
A prisão de Santos foi acompanhada pelo delegado Alan Flore, titular da Corregedoria de Área de Londrina da Polícia Civil. Santos será transferido para Curitiba, onde cumprirá a prisão preventiva na carceragem da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV).
A nova operação deflagrada hoje é consequência de outras duas prisões, do auditor fiscal Luiz Antônio de Souza, e a primeira do ex-assessor da Casa Civil do Paraná, Marcelo Caramori. Souza e Caramori já foram indiciados por favorecimento à prostituição e exploração sexual de adolescentes.
O auditor também foi indiciado por estupro de vulnerável. Souza segue preso na unidade 2 da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL 2).
Mais de dez adolescentes já foram identificadas como vítimas de exploração sexual.