A Justiça decretou na noite desta sexta-feira (01) a prisão de Karla Profecki, 19 anos, mãe do bebê de pouco mais de um mês que foi encontrado morto em Colombo, Região Metropolitana de Curitiba. A prisão foi decretada pelo juiz de plantão do Fórum Criminal, Rodrigo Otávio R. Gomes do Amaral. Além da prisão, a Justiça expediu também um mandado de busca e apreensão para que a polícia possa revistar a casa do casal. De acordo com as delegadas Daniele Serighelli e Márcia Rejeane Vieira Marcondes, o objetivo é o de encontrar as roupas usadas pela mãe no dia em que o bebê morreu.
Ainda nesta sexta-feira (01), o Instituto de Criminalística coletou o sangue dos pais, para exames futuros que possam auxiliar na conclusão do inquérito. A conclusão das investigações indicará se Karla será indiciada por homicídio culposo – sem a intenção de matar - ou doloso. Ela também será indiciada por ocultação de cadáver e falsa comunicação de crime à polícia. Somadas, as penas podem ultrapassar os 23 anos de reclusão.
Segundo informações da polícia, Karla não resistiu aos indícios levantados pela polícia sobre o caso e confessou em depoimento que derrubou o bebê enquanto o amamentava e que ele teria morrido depois da queda.
"Ela confessou que inventou a história do seqüestro porque ficou com medo da família do pai da criança. Sendo assim, ela já saiu de casa com a criança morta e responderá pelos crimes cometidos de homicídio, ocultação de cadáver e falsa comunicação de crime à polícia.", disse a delegada Márcia Marcondes.
Na quarta-feira (30), a mãe da criança acionou a polícia de Colombo e também a imprensa alegando que sua filha de apenas 40 dias havia sido arrancada de seus braços enquanto caminhava até a casa de sua mãe. Ela contou que enquanto caminhava foi abordada repentinamente por um homem de estatura média que trajava calça jeans, blusa preta e boné branco. Este homem teria descido de um Kadett preto, onde estariam mais duas pessoas, arrancado o bebê dos braços de Karla e fugido.
Ontem pela manhã (01), os policiais fizeram uma grande busca nas proximidades da casa do casal e foram ajudados inclusive pelas crianças que brincavam nas ruas da comunidade.
O bebê foi encontrado por garotos, parentes do pai do bebê, e um deles ainda carregou a criança nos braços até entregá-la aos policiais. Levada para o Instituto Médico Legal, a criança foi reconhecida pelo pai e de acordo com o exame de necropsia, ela morreu por conta de uma forte pancada na parte de trás da cabeça.
Durante toda a tarde desta sexta-feira, a mãe, o pai e a tia da criança foram mantidos em salas separadas na sede do Sicride para que fossem novamente interrogados pelos policiais. Durante o depoimento, a garota apresentou diferentes versões para o suposto seqüestro de sua filha até que desistiu e confessou à polícia. Antes mesmo da confissão, a família do rapaz já estava desconfiada das alegações de Karla. Segundo a família, a garota teria saído de casa no dia do desaparecimento sem a bolsa do bebê e depois do desaparecimento teria se mantido "fria" em suas reações.