Polícia

Crime do bingo pode ter sido encomendado

24 nov 2007 às 12:17

A Polícia Civil de Londrina investiga a suspeita de que o assassinato de Lincon de Lima Nascimento, 25 anos, pode ter sido encomendado por um traficante. A vítima foi baleada na cabeça no dia 11 deste mês, quando participava de um bingo beneficente no Jardim Santiago (Zona Oeste), e morreu três dias depois. No início da semana, o autor dos disparos, Paulo Conrado Barbaro, 37, o ‘Bill’, se apresentou à Polícia, confessou o crime mas a versão dele não convenceu o delegado-operacional da Divisão de Homicídios, Joaquim de Melo.

Segundo o delegado, Barbaro se apresentou no início da semana e contou que teria comprado droga da vítima, que pagou mas ainda estaria sendo cobrado e ameaçado por Nascimento. Para se defender, ele teria decidido comprar um revólver calibre 38. No dia do crime, ele teria visto Nascimento entre as cerca de duas mil pessoas que participavam de um bingo organizado pelo Fórum das Creches de Londrina no Centro Social Urbano do Jardim Santiago e decidiu matá-lo.


Barbaro disse que aproximou-se da vítima, que estava acompanhado pela esposa e o filho pequeno, e disparou duas vezes. Os tiros atingiram a cabeça de Nascimento, que foi socorrido pelo Siate e encaminhado em estado crítico para a Santa Casa. Ele ficou internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por três dias mas não resistiu aos ferimentos.


O delegado disse que não há dúvidas de que o crime foi praticado por Barbaro, que inclusive entregou a arma que usou, mas decidiu continuar as investigações porque suspeita que o rapaz teria agido a mando de um traficante da região. Dono de uma extensa ficha criminal (incluindo um duplo homicídio), Nascimento teria matado o irmão deste traficante há cinco anos e desde então estaria jurado de morte.


Nascimento havia deixado a Casa de Custódia de Londrina (CCL) poucas semanas antes de morrer. Ele também esteve preso no Centro de Detenção e Ressocialização (CDR), onde, em agosto, foi agredido por agentes. Uma sindicância foi instaurada para apurar a agressão, que foi confirmada pelo Instituto Médico Legal (IML).


Além deste crime, o delegado também informou que nos últimos dias foram esclarecidos outros três assassinatos registrados em novembro. Alexandro Mateus e Valter Aparecido Severino foram mortos no Jardim Panorama (Zona Leste) por José Luiz Ramos – o autor teria apanhado de Mateus na prisão há sete anos. Já Renan Izidoro dos Santos Silva, 18, foi morto a tiros na Vila Casoni (Centro) por Rafael Henrique Rocha de Souza, 18, por causa de uma desavença envolvendo droga. No Jardim João Turquino (Zona Oeste), Girlância Pereira de Moraes, 32, teria esfaqueado Alexandro dos Santos, 19.

Folha de Londrina


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