Os condomínios residenciais se tornaram o novo alvo dos ladrões em Maringá. Na madrugada de hoje, dois edifícios foram invadidos por assaltantes que arrombaram 13 veículos. Doze tocas-CDs foram roubados e um carro teve a porta do lado esquerdo danificada.
A falta de vigias ou sistemas modernos de alarmes nos edifícios, aliados à falta de cuidados dos condôminos são alguns fatores que, segundo a polícia, estão contribuindo para essa nova onda de furtos.
De acordo com o tenente do 4º Batalhão da Polícia Militar (BPM), Ideval de Oliveira, nos últimos dois meses, está ocorrendo uma ''epidemia'' de furtos de veículos estacionados no interior de condomínios.
Na madrugada de ontem, os assaltantes arrombaram dois carros de um condomínio residencial. Há cerca de 15 dias, nove carros também estacionados no interior de um condomínio residencial localizado na Zona Sete foram arrombados e tiveram os tocas-CDs furtados. Também na Zona Sete, em dois edifícios, quatro carros foram arrombados no mês passado.
Os dois condomínios invadidos por assaltantes na madrugada de hoje estão localizados no Jardim Novo Horizonte, região oposta à Zona Sete. Conforme Oliveira, os edifícios sem muita proteção externa são os mais vulneráveis. Além da falta de porteiros em muitos edifícios, por causa da contenção de despesas, o tenente disse que os furtos são facilitados porque muitos moradores não acionam o alarme dos veículos nas garagens ou não esperam o portão eletrônico fechar para deixar a portaria. ''Os ladrões esperam uma brecha para entrar no condomínio e quando conseguem se escondem entre os carros até praticar os furtos'', afirmou.
Conforme Vanilde Alves Vicente, síndica do Condomínio Anchieta I, onde seis carros foram arrombados hoje, os ladrões pularam o muro da parte de tras. Ela diz que o condomínio tem porteiro mas não tem vigia à noite e que foi a primeira vez que o prédio foi alvo dos ladrões.
Hoje à tarde, ela estava fazendo cotação para discutir com os condôminos a instalação de cerca elétrica. ''Ou vamos colocar cerca elétrica ou aumentar a altura do muro em torno de todo prédio'', disse.
Para o diretor de condomínios do Secovi, Junzi Shimauti, os arrombamentos em condomínios revelam que os edifícios precisam ampliar os cuidados com segurança. Segundo ele, não basta apenas os condomínios investir de alta tecnologia nas portarias ou em equipamentos de segurança em torno do prédio, mas é preciso que os moradores tenham consciência de que também precisam colaborar para evitar que um marginal tenha acesso ao prédio. ''Se um condomínio tem por exemplo portão eletrônico, o morador tem que saber que deve esperar o portão se fechar completamente antes de deixar a frente do prédio'', justifica.