O comandante do 19º Batalhão de Polícia Militar, que fica em Toledo, distante 40 quilômetros de Cascavel, no oeste do Paraná, major Welyngton Alves da Rosa, está sendo processado, junto de outros três policiais militares, pela promotoria de patrimônio público de Cascavel.
Eles são acusados de desviar equipamentos eletrônicos, como laptops e uma máquina fotográfica digital, doados pela Receita Federal à 3ª Companhia de Polícia Rodoviária. De acordo com o promotor Gustavo Henrique Rocha de Macedo, responsável pelas investigações, as doações ocorreram em 2007 e 2008, quando o major, à época ainda capitão, comandava a 3ª Companhia.
Ontem, o promotor ajuizou ação civil pública pela prática de ato de improbidade administrativa e requereu ao Poder Judiciário o afastamento liminar do major Welyngton Alves da Rosa do comando do Batalhão de Polícia Militar de Toledo até o julgamento da causa, com o objetivo de preservar a produção de provas, pois todas as testemunhas arroladas são policiais de hierarquia inferior.
Se houver a condenação, os policiais podem perder a função pública e os direitos políticos, além de pagar multa e reparar os danos causados à administração pública.
''O inquérito civil surgiu em 2008 com o objetivo de apurar vários órgãos públicos que receberam doações da Receita. Concluímos o da 3 Companhia de Polícia Rodoviária e constatamos que 10 laptops e uma máquina fotográfica haviam sumido, pois não estavam na sede da Companhia e nem nos postos. No decorrer das investigações, uma telefonista devolveu a máquina fotográfica, que teria sido presente do major para ela. Um sargento devolveu um laptop. Localizamos outros dois computadores, mas ainda faltam sete. Por isso, estamos responsabilizando o comandante da época'', informou o promotor.
Os nomes dos policiais militares envolvidos não foram divulgados. A FOLHA contatou o batalhão e foi informada que o comandante está viajando.