A juíza Deborah Penna decretou as prisões preventivas - que vale por tempo indeterminado - de Cesar Augusto Gomes Tez, Jerson Andres Yara Canchon e Maritza Carlina Medina Moreno pelo furto de oito aparelhos de endoscopia do Hospital Universitário (HU) de Londrina. Os três colombianos passaram por audiência de custódia na última quinta-feira (25), onde tiveram auxílio de uma tradutora. Eles e mais uma brasileira foram detidos na tarde do dia 18 por investigadores do setor de Furtos e Roubos da 10ª Subdivisão Policial (SDP) perto de Ubiratã, na região central do Paraná.
Segundo a magistrada, a quadrilha "era experiente em furtar equipamentos de hospitais e se apresentava de forma bastante dissimulada, fingindo necessitar de atendimento". Em nota, a defesa dos suspeitos disse que discorda da decisão. "Entendemos que não existem fundamentos pra prisão preventiva. A nacionalidade colombiana, por si só, não pode justificar eventual aplicação da lei penal e presumir que vão se evadir da Justiça", dizem os advogados Lucas Andrey Battini, Guilherme Maistro Tenório Araújo e Eduardo Lange.
Eles entraram com recurso em caráter liminar no Tribunal de Justiça para derrubar a decretação da prisão preventiva, mas o desembargador Gamaliel Seme Scaff negou o pedido. Todos continuam em presídios da cidade.
O delegado-chefe de Londrina, Osmir Neves, disse que o inquérito deve ser concluído nos próximos dias, mas ressaltou que "diligências ainda estão sendo feitas". Mesmo prendendo a quadrilha, a polícia não conseguiu recuperar os itens, mas alguns acessórios, como válvulas.
A superintendente do HU, Vivian Feijó, recebeu nesta semana o pagamento de uma dívida de R$ 1,4 milhão da Prefeitura de Londrina por prestação de serviços do SUS (Sistema Único de Saúde). Ela adiantou que parte do dinheiro deve ser usado para comprar equipamentos semelhantes ao que foram furtados.