Polícia

Carla Cepollina mentiu sobre roupas, aponta laudo do IC

06 out 2006 às 11:48

A advogada Carla Cepollina, 40, acusada de ter assassinado o namorado, o coronel da reserva da PM e deputado estadual Ubiratan Guimarães, 63, no dia 9 de setembro, entregou à polícia roupas diferentes das que usou no dia do crime, aponta laudo do IC (Instituto de Criminalística).

Segundo o resultado dos exames, a blusa e a jaqueta que a advogada deu para serem periciadas não são as mesmas que ela vestia no dia do crime. O coronel foi assassinado por volta das 19h30 do sábado e encontrado no domingo (10) em seu apartamento, nos Jardins (SP), com um tiro no abdôme. Carla teria sido a última pessoa a sair do apartamento do namorado, cerca de 1 hora depois.


De acordo com o jornal Agora, para chegar a essa conclusão, a perícia se baseou nas imagens em que Carla aparece vestida com roupas claras --captadas pelo circuito interno de câmeras de seu apartamento.


O advogado de Carla Cepollina, Antônio Carlos de Carvalho Pinto, diz que questionará os métodos empregados pelo IC quando receber cópias dos laudos.


Carla foi indiciada por homicídio doloso qualificado por motivo fútil (ciúmes) e recurso que impossibilitou a defesa da vítima (estava desarmada). Ela nega ter cometido o crime.


O coronel Ubiratan Guimarães coordenou a invasão ao presídio do Carandiru em 1992, resultando na morte de 111 presos assassinados.

Devido ao massacre do Carandiru, Ubiratan chegou a ser condenado a 632 anos de prisão pela morte de presos no pavilhão 9, mas em fevereiro passado o Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo aceitou recurso e o absolveu. A decisão gerou protestos de órgãos nacionais e internacionais de defesa dos direitos humanos.


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