O carcereiro do 2º Distrito Policial de Londrina, Antonio Marcos Alves, foi preso preventivamente na manhã desta terça-feira (29), por volta de 10 horas, acusado de corrupção passiva. Ele estaria ganhando dinheiro de presos do 2º DP para facilitar a entrada de aparelhos de telefone celular.
A investigação foi instaurada pela Polícia Civil há cerca de dois meses e o mandando de prisão foi expedido pela 3ª Vara Criminal. "Começamos a investigação a partir de denúncias anônimas e filmagens que podem provar o ato de corrupção. Também há testemunhas do crime que ainda não foram ouvidas", afirmou ao Bonde o delegado do 2º DP, Mozart Rocha Gonçalves.
O carcereiro Antonio Alves estava em sua residência, no Jardim Neman Sayhum, na zona sul de Londrina. Ele está detido no Centro de Detenção e Ressocialização (CDR).
Esta foi a segunda prisão de agentes carcerários em Londrina: no dia 15 de dezembro um policial militar e dois auxiliares de carceragem foram detidos, acusados de abuso sexual das presas do 4º Distrito Policial.
"Não é exatamente uma limpeza que estamos fazendo (na Polícia Civil), mas estamos apurando todas as denúncias, tentando conter abusos e fortalecendo a instituição", afirmou o delegado Mozart, ao ser questionado sobre as prisões anteriores.
Segundo ele, toda vez que se encontram celulares dentro da cadeia abre-se uma investigação. "Aqui temos 300 presos e quase todos recebem visitas; alguma coisa pode acabar passando, mas também temos esse tipo de denúncia (de facilitação) e por isso estamos investigando", disse o delegado.