A segurança nas escolas é um tema que tem repercutido na CML (Câmara Municipal de Londrina. Entre os desdobramentos, há projetos para buscar fortalecer a segurança no ambiente escolar – e será motivo de reunião na terça-feira (11), às 19h, na sede do Legislativo.
O encontro é aberto à população, com transmissão pelos canais da CML no Facebook e YouTube. Devem participar representantes das secretarias municipais de Educação e de Assistência Social; Núcleo Regional de Educação de Londrina; PM e Patrulha Escolar; Guarda Municipal e sindicatos de professores.
“Percebemos que ao longo dos anos os jovens muitas vezes têm respondido de forma agressiva a uma série de angústias e nós queremos discutir isso com a comunidade para que a gente crie estratégias para termos paz e segurança nas escolas”, declarou à assessoria de imprensa da Casa a presidente da Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Paradesporto e Lazer, Professora Flávia Cabral (PTB).
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A agenda de terça é organizada pelo colegiado presidido pela petebista e pela Comissão de Seguridade Social.
'Criar pânico'
A Polícia Civil cumpriu na manhã de sábado (8) em Londrina um mandado de busca e apreensão que recolheu um celular na casa de um adolescente suspeito de, por meio de uma rede virtual, publicar ameaças de ataques contra escolas.
De acordo com o delegado de Homicídios da cidade, João Reis, outros usuários teriam estimulado as intimidações. Eles estão sendo identificados pela corporação e também devem responder à Justiça pelo ato.
“A principal motivação nesse caso era criar pânico. Por isso não pedi a internação desse adolescente. Vamos agora abordar quem mais participou dessas divulgações”, afirmou Reis.
A Polícia Civil realizou busca e apreensão envolvendo outro adolescente na quinta-feira (6). Foram retiradas de circulação quatro pistolas de airsoft, além de celular e notebook. Já na segunda-feira (3), uma operação conjunta com a Polícia Militar (PM) culminou na internação provisória de um adolescente contra quem foram levantadas provas de ameaçar atacar uma unidade de ensino.
Manifestação
Ainda no sábado, houve uma manifestação no Calçadão de Londrina para pedir às autoridades locais e estaduais que providenciem mais segurança para as instituições de ensino. Eduardo Francischini é pai da estudante Chiara Francischini, matriculada em uma escola estadual da zona norte. Ele afirma que a filha não se sente segura diante dos acontecimentos recentes registrados no Brasil.
“Nós queremos que cada escola tenha um policial ou um guarda municipal armado. Inclusive, esse foi um dos projetos apresentados pelo próprio governador Ratinho Junior. Além disso, queremos concertinas nos muros e detectores de metais nas entradas das escolas”, defendeu Francischini.
Além de cobrar ações do governador do Paraná, os pais e os alunos presentes criticaram a implementação do botão do pânico, medida anunciada pelo prefeito de Londrina, Marcelo Belinati. “O botão do pânico não vai resolver o problema, porque não vai dar tempo de a polícia chegar até à escola”, declarou.