A Polícia Federal encontrou um arsenal com trinta armas pesadas nesta quinta-feira (8) durante a operação que desarticulou uma quadrilha que mantinha um laboratório de refino de cocaína em um assentamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no município de Conceição de Macabú, no norte do estado do Rio de Janeiro. A operação resultou na prisão de 26 pessoas.
Segundo o delegado Eduardo Fontes, da Polícia Federal em Macaé, e responsável pela operação, as armas encontradas tinham alto poder de fogo e faziam parte do estoque de defesa da própria quadrilha.
"São submetralhadoras israelenses, fuzis, pistolas e muita munição. Acreditamos que essas armas serviam de estoque para a quadrilha. Se perdiam as armas ou essas eram destruídas, os integrantes da quadrilha tinham essas armas à disposição", disse.
Também foram encontrados na operação 20 quilos de pasta base para produção de cocaína – suficientes para produzir 60 quilos de cocaína em pó -, produtos químicos para preparação da droga, além de 45 quilos de maconha, cerca de dois quilos de haxixe e sete quilos de crack.
A Polícia Federal informou que Eucimar da Conceição Barreto, conhecido como Boi, era responsável pelo lote cadastrado pelo Incra. Mas segundo o superintendente do instituto no Rio de Janeiro, Mário Lúcio Melo, o suspeito de integrar a quadrilha era clandestino no assentamento.
"O senhor Eucimar Conceição Barreto teve seu pedido recusado de inscrição no lote, uma vez que sua família possuía renda superior a três salários mínimos, o que impossibilitaria seu cadastro no Incra. Provavelmente ele subornou ou intimidou alguém para conseguir ficar na terra" declarou.