Homicídio culposo
A madrugada desta sexta-feira (29) foi um pouco mais tranqüila no Rio de Janeiro após a quinta-feira de horror promovida por criminosos. O saldo trágico dos ataques foi de 18 mortes e pelo menos 22 feridos. A maioria das vítimas morreu durante incêndio a um ônibus da Viação Itapemirim que seguia para São Paulo. Sete pessoas morreram carbonizadas.
Nesta madrugada não houve registro de mortos e feridos. Os ônibus do transporte coletivo voltaram a circular normalmente hoje.
Porém, os ataques continuaram. Na noite de ontem, um ônibus foi queimado em Niterói. Na Linha Vermelha, um tiroteio assustou motoristas, mas o motivo não foi confirmado --há possibilidade de um grupo ter fechado a pista, na região de Duque de Caxias, para assaltar veículos.
Também em Duque de Caxias, criminosos atiraram contra a fachada do Centro Cultural Oscar Niemeyer, na madrugada desta sexta. Aproximadamente 13 tiros foram disparados.
De acordo com a rádio CBN, a polícia reforçou o efetivo nos pontos mais críticos e chegou a fechar no começo da madrugada, por precaução, a Linha Vermelha, na altura da Baixada Fluminense, após criminosos atirarem contra base do Batalhão de Policiamento de Vias Especiais na quinta-feira à noite.
Os alvos dos criminosos foram ônibus, viaturas e bases da PM, além de delegacias. As vítimas fatais foram nove civis, sete suspeitos e dois policiais militares. Já os feridos são 14 civis e oito PMs.
Para o secretário da Segurança Pública, Roberto Precioso, a ordem para os ataques partiu de presos, que temem mudanças na administração penitenciária a partir de 2007, com a troca de comando do governo do Estado, e o endurecimento do regime disciplinar.
Fonte: Terra, FolhaOnline e Folhapress