A Agência Nacional de Petróleo (ANP), com o apoio de policiais civis da 10.ª Subdivisão Policial, interditou a distribuidora de combustíveis OilPetro, em Londrina. O estabelecimento seria propriedade da família Guarda, presa durante a Operação Medusa III, em agosto deste ano. Djalma Eugênio Guarda, 52 anos, e seu irmão Mauro Cezar Guarda, 50, soltos pela Justiça há cerca de duas semanas, foram presos novamente, na noite de terça-feira (02), durante a ação da ANP.
De acordo com o delegado-chefe de Londrina, Sérgio Barroso, os dois foram novamente autuados pelo crime contra ordem econômica (8.176/91). Os irmãos foram soltos na mesma noite, depois de pagar fiança de R$ 5 mil cada. "Adquirir, distribuir e revender derivados de petróleo sem autorização da ANP é crime contra ordem econômica, o que pode resultar em até cinco anos de prisão", explicou o delegado.
Combustível – Segundo a coordenadora de fiscalização da ANP, Sheila Oliveira, foram apreendidos aproximadamente 30 mil litros de combustível, que eram comercializados ilegalmente pela empresa. De acordo com Sheila, a OilPetro operava sem autorização da ANP. "Quatro tanques da empresa foram interditados. Os proprietários responderão a processo administrativo e não podem operar enquanto a situação não estiver regularizada", informou Sheila.
De acordo com informações da Agência Estadual de Notícias, Djalma Guarda negou que seja dono da OilPetro e disse ser apenas gerente. Já seu irmão, Mauro, afirmou ser apenas procurador da empresa. Em agosto deste ano, os dois irmãos foram apontados como proprietários da OilPetro.
Medusa III - A Operação Medusa III, composta por 150 policiais, acabou com o cartel formado por postos de combustíveis na região de Londrina. Foram cumpridos 59 mandados de prisão e de busca e apreensão para desbaratar a quadrilha formada por donos de postos e distribuidoras de combustível, além de contadores e donos de gráfica. Foram presos 14 suspeitos de participar do esquema, que forçava a manutenção de preços elevados de combustíveis. Um dos mandados de busca e apreensão cumpridos na época foi a distribuidora de combustíveis OilPetro, que seria de propriedade da família Guarda.