Durante operação
O medo do que classificaram como uma onda de assaltos na Zona Rural de Cambé (13 km a oeste de Londrina) levou produtores rurais a cobrar reforço policial na região. Numa reunião realizada ontem na Prefeitura, representantes da administração municipal, da Polícia Militar e dos agricultores definiram ações para aumentar a efetividade do combate ao crime no município.
O presidente do Sindicato Rural e do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural, João Antonio Menolli, afirmou que os agricultores estão cansados de tantos assaltos e assustados com a violência dos crimes. ''Muitos já estão pensando em deixar a Zona Rural. Não podemos deixar que dois ou três bandidos tirem o sossego de mais de 300 famílias'', cobrou.
O clima de terror, segundo Menolli, começou há um ano. Por isso, os moradores da área acreditam que a simples presença de uma viatura da Patrulha Rural na região poderia reduzir os índices de assaltos. Muitos tiveram tratores levados por bandidos.
Segundo o comandante da Polícia Militar em Cambé, tenente Adauto Nascimento Giraldes Almeida, o deslocamento de um carro exclusivamente para a Zona Rural já está garantido. Ele acrescentou que as estatísticas não sofreram variação importante nos últimos anos. Mas que considera ''aceitável'' o medo de quem mora no campo.
Outra iniciativa é a abertura de um canal de comunicação via rádio para que os agricultores possam acionar a PM diretamente. Os moradores passarão por treinamento para obter habilitação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Também foi recomendado que os proprietários pintem os tratores com cores diferenciadas para facilitar a recuperação.
O chefe de gabinete da Prefeitura de Cambé, Wagner José Garbelini, disse que a administração municipal vai disponibilizar o técnico para o treinamento. Os rádios deverão ser comprados pelos próprios agricultores. Ele informou ainda que a cidade recebeu na semana passada reforço de 15 policiais, duas motos e duas viaturas. Uma delas específica para a Área Rural.
Fernando Rocha Faro