Cerca de 500 agentes penitenciários de Curitiba realizaram na manhã de hoje uma manifestação ''silenciosa'' como forma de protesto contra a morte de um colega, na última terça-feira (04). Segundo o sindicato da categoria, os agentes paralisaram suas atividades consideradas não essenciais dentro dos presídios, como acompanhamento de visitas e de banho de sol dos presos em todos os presídios da região, e mantendo a alimentação dos presos e guarnição.
O agente Carlos Alberto Pereira, de 52 anos, foi morto quando pintava o portão de sua casa, na capital paranaense. Um homem disparou três tiros contra o agente, que foi atingido duas vezes na cabeça e uma no tórax.
Por volta das 9h30 de hoje, representantes do sindicato se reuniram com a secretária da Justiça e da Cidadania do Estado do Paraná, Maria Tereza Uille Gomes, para discutir medidas para melhorar a segurança da categoria e a regulamentação do porte de arma pelos agentes.
"Queremos urgentemente a regulamentação do porte de arma e a profissionalização da administração penitenciária, com a ocupação dos cargos de direção de unidade penal por agentes penitenciários de carreira", afirmou o presidente do sindicato, José Roberto Neves.
Ontem, a categoria já havia realizado um protesto, durante o velório do agente, em frente ao Cemitério da Saudade, em repúdio ao "silêncio" do governo em relação ao clima de insegurança que a categoria vem enfrentando, segundo o Sindarspen. Após o protesto, os agentes fizeram uma passeata pelas ruas da cidade.