O advogado do garoto de programa Walter Machado Soares, 27 anos. protocolou essa semana recurso solicitando alteração na qualificação do crime do acusado. Walter foi condenado a uma pena de 18 anos pelo assassinato do cônsul de Portugal, Miguel José Fawor, em julgamento ocorrido na semana passada. O advogado dele, Nelmon José da Silva Júnior, pede que o seu cliente seja indiciado por homicídio simples e não qualificado como determina a sentença proferida pelo juiz Fernando Ferreira de Moraes.
O crime aconteceu em março de 2000, depois de uma discussão sobre o preço de um programa. O cônsul morreu depois de levar golpes de alteres na cabeça. Seu corpo foi levado para Serra do Mar e jogado a uma altura de nove metros. Para tentar encobrir o crime, os dois envolvidos roubaram uma secretária eletrônica e o carro do cônsul, mas abandonaram o veículo no mesmo dia do homicídio.
Além de Walter, o michê Carlos Rodrigo Pereira Fraga, hoje com 21 anos, também foi condenado, mas o advogado de Carlos não recorreu da sentença. Enquanto Walter foi condenado por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e furto, Carlos Rodrigo foi condenado a uma pena de nove anos, seis meses e 20 dias de prisão por ocultação de cadáver e furto.
A intenção do advogado de Walter ao recorrer é reduzir a pena de seu cliente. ''Se ele for condenado por homicídio simples, a pena máxima é de seis anos'', explicou. O recurso foi protocolado na 1ª Vara do Tribunal. Se for aceito, Walter poderá ser submetido a novo julgamento.