Polícia

Adolescente estuprada por personal foi vítima do mesmo crime ano passado, diz delegado

13 nov 2015 às 10:56

A adolescente de 16 anos supostamente estuprada por um personal trainer em um clube de Arapongas, região metropolitana de Londrina, no último dia 30 de outubro, já havia sido violentada no ano passado, mas por outra pessoa.

À época, o caso teve grande repercussão pela maneira com a qual o autor cometeu o crime. Na ocasião, um rapaz invadiu a casa da garota - passando-se por um agente de endemias - trancou a mãe dela em um quarto e estuprou-a em seguida. A informação foi confirmada pelo delegado Paulo Gomes de Souza, da 22ª Subdivisão Policial (SDP), responsável pelo caso mais recente. "O acusado no caso ocorrido no dia 7 de maio de 2014 está preso, aguardando por julgamento", informa.


No estupro ocorrido no último mês, Adão Gomes da Rocha, 40 anos, foi solto após decisão da Justiça, mesmo tendo sido preso em flagrante. "Apesar da juíza decidir pela soltura, aplicou medidas cautelas. Ele está proibido de se aproximar da vítima e deve ficar, pelo menos, a 100 metros de distância dela", explica.


O delegado ainda diz não ter dúvidas sobre a coação do professor. "Não há nenhum indício que aponte contradições no depoimento da menina. Além disso, o próprio acusado assumiu o ato sexual, apesar de alegar que foi consentido. O exame feito pelo médico no dia da confecção do boletim comprova que houve a relação sexual", afirma.

O inquérito está em vias de conclusão visto que a vítima e o acusado já foram ouvidos. "Não haverá convocação de outras pessoas pois ninguém presenciou o estupro", explica o delegado. "Estou esperando apenas o laudo do Instituto Médico Legal (IML), referente ao exame de corpo de delito que apontará a presença de pequenas lesões. Assim que estiver com ele em mãos, o inquérito será concluído". Após isso, o caso será enviado ao Ministério Público (MP), cuja promotoria decidirá sobre o oferecimento de denúncia. "Lembrando que o personal pode voltar a ser preso a qualquer momento. Se ele violar a medida cautelar, principalmente, a prisão é imediata", enfatiza Souza.


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