A Polícia de Maringá marcou para esta quinta-feira, às 16 horas, uma acareação entre o empresário Hélcio Celso Marroni e o cobrador Claudionor Ferreira Barbosa, ambos acusados de participação no assassinato do médico cardiologista Francisco de Assis Coimbra Júnior, em 1998. O interrogatório dos dois e também de Euclides Antonio Barbosa, terminou no início da madrugada desta quarta-feira.
Marroni negou, no depoimento à polícia, qualquer participação no crime, e disse que costumava emprestar o carro dele, um Ômega preto, para Claudionor. Ele também afirmou que costumava deixar uma arma, justamente a pistola 7.65 usada para matar o médico, embaixo do banco do carro e que Claudionor, que era funcionário do empresário na época do assassinato, sabia deste detalhe.
De acordo com o delegado que preside o inquérito, Nilson Rodrigues da Silva, o empresário ainda é o principal suspeito do crime porque é dele a arma utilizada para matar o cardiologista. O cobrador Claudionor Ferreira Barbosa foi o segundo a prestar depoimento nesta terça-feira, mas também negou qualquer participação. Ele disse que jamais ameaçou o empresário e que só uma vez pegou o Ômega de Marroni emprestado para fazer uma viagem a trabalho para Umuarama. Já Euclides Antonio Barbosa negou todas as acusações. Ele teria sido visto dirigindo o Ômega que foi usado para sequestrar o médico. Barbosa disse que jamais dirigiu o Ômega.
Conforme o delegado, há muitas contradições nos depoimentos do empresário e de Claudionor. Ele disse que vai indiciar os três por crime qualificado por surpresa, por não possibilitar defesa à vítima e ocultação de cadáver. As cópias dos depoimentos dos três acusados não foram divulgadas nem mesmo para os advogados Walter Bittar e Ari Pereira, que representam o empresário e o cobrador Claudionor Ferreira Barbosa.
O médico Francisco de Assis Coimbra Júnior, foi seqüestrado no dia 22 de julho de 1998 em frente à clínica dele, em Maringá. O corpo dele foi encontrado 31 dias depois, em uma plantação de milho no município de Sertanópolis (40 quilômetros de Londrina). De acordo com o delegado, todos os indícios são de crime passional.
*Leia mais na edição desta quinta-feira da Folha de Londrina
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