Depois de mais de 20 horas de julgamento na 1ª Vara do Tribunal do Juri, em Curitiba, Edson Rodrigues Zucco foi condenado, nesta sexta-feira, a 17 anos de prisão pelo assassinato do advogado Luiz Renato Cardoso Crovador, em 3 de novembro de 1999.
Zucco deverá cumprir pena, em regime fechado, na Penitenciária Central do Estado. Setembrino José Nórdio, acusado de participação no crime, foi absolvido com a unanimidade dos votos dos jurados.
O juiz Luiz Zarpelon e o promotor público responsável pela acusação, Celso Luiz Peixoto Ribas, não quiseram fazer qualquer comentário. Quando perguntado se estava satisfeito com o resultado do julgamento, Ribas apenas sinalizou um não, balançando a cabeça.
O advogado que fazia a defesa de Zucco, Roberto Brzezinski, também estava inconformado. "Por um voto, ele foi condenado a 17 anos", afirmou ao comentar o resultado da votação do juri por quatro a três. Brzezinski disse que, já na próxima segunda-feira, entrará com recurso na tentativa de anular a sentença. Zucco era acusado de ter atirado em Crovador. No primeiro dia do julgamento (anteontem), Cleverson Firmino Miró assumiu a autoria do disparo, o que para o advogado de Zucco o isenta da acusação.
Daniel Gomes Serápio, acusado de entregar a arma para os assassinos, também seria julgado anteontem. Entretanto, seus advogados conseguir desmembrar o juri e seu julgamento foi adiado para o próximo dia 11.
O crime teria tido o envolvimento do garoto de programa Milis Rogério dos Santos, único acusado ainda foragido. Santos seria amante de Vera Crovador - mulher do advogado assassinado, que também é acusada de participação. Vera ficou presa por quase um ano e meio na Penitenciária Feminina do Estado, depois de confessar ter participado do crime. depois, negou a participação alegando ter sido coagida e confessar.
Leia mais em reportagem de Andréa Lombardi, na edição da Folha do Paraná/Folha de Londrina deste sábado