Preocupados com a onda crescente de violência que tem assolado Londrina, empresários, moradores e lideranças comunitárias e religiosas da Zona Leste da cidade se reuniram na sexta-feira (12) para discutir o problema e propor soluções às autoridades. O evento concentrou cerca de 150 participantes em uma paróquia da região e vai originar um relatório em que figuram pedidos como aumento de efetivo policial e de viaturas no patrulhamento.
A maior parte das reclamações era de pessoas que ou já foram assaltadas - algumas delas mais de uma vez -, ou têm parentes e amigos que já foram. Ao mesmo tempo, não faltaram críticas a uma atuação supostamente insuficiente por parte da Polícia Militar (PM) no local.
De acordo com o presidente do conselho de segurança local, Jurandir Rosa, o relatório da reunião será encaminhado esta semana para os poderes públicos municipal e estadual a fim de que sejam tomadas ''medidas imediatas''. ''O pessoal se queixa que é preciso um posto policial na Zona Leste - os PMs que atendem aqui também atuam na Zona Norte, aí fica difícil suprir a demanda'', avaliou.
Para o empresário Pedro Garcia, 44 anos, que já teve a loja arromabada por ladrões, é preciso aumentar o policiamento ostensivo. ''A gente sabe que a origem da violência é o problema social, mas é preciso solução para estancar a sangria agora'', opinou.
Comerciante na região e vítima de assalto e furto em um intervalo de 12 meses, Gilberto Siqueira, 36, concorda. Não é para menos: no assalto, homens armados fizeram reféns a esposa dele, grávida de oito meses, crianças e clientes. ''A sensação de total insegurança é tamanha que às vezes fecho o portão quando quem chega tem cara de malandro'', disse.
Na 2 Companhia da PM, na Zona Norte, a informação é que apenas uma viatura faz o ''patrulhamento 24 horas'' no Leste. Sobre aumento de efetivo, contudo, o setor de comunicação resumiu: ''Sobre isso, só segunda-feira''.