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Voepass diz que ainda não sabe o que causou queda de avião em Vinhedo

Pedro Martins - Folhapress
10 ago 2024 às 09:56

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- Divulgação
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A Voepass, empresa responsável pela aeronave ATR 72-500, que caiu em Vinhedo durante viagem de Cascavel (Oeste) a Guarulhos (Grande São Paulo), deixando 62 mortos, diz que ainda não tem informações sobre a causa do acidente. Afirma, ainda, que tudo o que tem circulado nas redes sociais a respeito do acidente é especulação, de acordo com o CEO da companhia aérea, Eduardo Busch.

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O diretor de operações da Voepass, Marcel Moura, diz que até o momento nenhuma hipótese foi descartada, entre elas a de que as hélices do avião teriam congelado.

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"Essa aeronave voa numa faixa onde há uma sensibilidade maior à formação de gelo. A gente avaliou isso. Era previsto gelo, diante da frente fria que se aproxima, mas dentro do aceitável para o voo", diz Moura.


O CEO da Voepass diz que a aeronave passou por uma manutenção de rotina na noite de quinta-feira (8), (8) como é praxe, em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, antes de alçar voo para Guarulhos. Da capital paulista, o avião seguiu para Cascavel, sem intercorrências, ainda segundo o CEO.

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Ao ser questionado sobre um vídeo que circula nas redes sociais, em que passageiros reclamam de calor na aeronave e chegam até a tirar a camisa, o diretor de operações diz que não está ciente do caso e que vai apurar. Ele afirmou, no entanto, que este modelo de aeronave tem a característica de ser um avião mais quente, sobretudo no solo, quando está sendo abastecido.


Busch diz que a tripulação "era experiente, competente e apta para o trabalho". O comandante, Danilo Santos Romano, tinha 5.200 horas de voo no currículo, inclusive em outras companhias aéreas. O copiloto, Humberto de Campos Alenquer e Silva, tinha 5.100 horas e estava há cinco anos na empresa. Rubia Silva de Lima, uma das comissárias, estava desde 2010 na Voepass, e a outra, Débora Soper Avila, desde o ano passado.

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A companhia disse ainda que está prestando apoio às famílias das vítimas e contribuindo com as autoridades responsáveis pela investigação, como a Cenipa. Os porta-vozes, no entanto, não souberam dizer o prazo para receber as informações vindas da caixa-preta da aeronave.


Os porta-vozes reconheceram que houve pilotos que não se sentiram confortáveis em seguir suas escalas e voar nesta sexta-feira, após o acidente. Um desses casos aconteceu no início da tarde, em Ribeirão Preto, cidade no interior paulista que é sede da Voepass. A direção da companhia diz que acolhe a decisão dos profissionais, que serão substituídos sem prejuízo à operação. A empresa não soube, no entanto, quantificar a quantidade de voos afetados pelo acidente.

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A queda do avião matou os 57 passageiros e quatro tripulantes a bordo. A aeronave caiu na área de uma casa no condomínio Recanto Florido, no bairro Capela. Imagens feitas por moradores mostram o avião em queda livre e, na sequência, uma explosão, seguida de muita fumaça.


O voo 2283, que fazia o trajeto de Cascavel a Guarulhos (Grande São Paulo), decolou às 11h50 e tinha previsão de chegada às 13h40.

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A aeronave perdeu 3.300 metros de altitude em menos de um minuto a partir das 13h21, segundo o site Flight Aware, que monitora voos em tempo real ao redor do mundo.


Registros do site mostram que o turboélice começou a perder altitude às 13h20, quando estava a cerca de 5.100 metros. Cerca de um minuto depois, atingiu 1.798 metros, a última atualização disponível.


Segundo a FAB (Força Aérea Brasileira), o avião deixou de responder às chamadas do Controle de Aproximação de São Paulo às 13h21. O piloto não teria declarado emergência ou reportado estar sob condições meteorológicas adversas.


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