Paraná

Vigilantes do Banestado brigam por salários atrasados

16 jan 2001 às 11:45

O Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região quer cobrar na Justiça do Banco Itaú dívidas trabalhistas da empresa Esic Vigilância com cerca de 300 vigias particulares que prestam serviços em agências do Banco Banestado. Os funcionários estão sem receber salários há três meses. Eles também não receberam o 13º salário ano passado.

Dos 300 vigias que trabalhavam na Região Metropolitana de Curitiba e Ponta Grossa, 180 foram demitidos no final do ano passado e ainda não receberam as indenizações trabalhistas. Ontem, representantes do sindicato, do banco e da empresa tiveram audiência no Ministério Público, em Curitiba. O resultado da reunião será apresentado hoje.


De acordo com Soares, no dia 9 de janeiro os vigilantes conseguiram uma liminar da 1ª Vara da Justiça do Trabalho que determina que o atual acionista majoritário do banco pague as indenizações trabalhistas e salários atrasados. "No entanto, o banco simplesmente descumpriu a determinação da Justiça e não pagou ninguém."


Diretores e advogados da Esic não foram encontrados ontem para falar sobre o assunto. A direção do Itaú informou que não cabe a ela resolver esse problema. "O Banestado cumpre integralmente os deveres jurídicos. O banco não tem relação direta com os vigilantes, logo a questão é entre a empresa e os vigilantes", diz o Itaú.


De acordo com informações do sindicato, o pagamento do Banestado pela terceirização do serviço de vigilância das agências ficou retido porque a empresa não honrou dívidas que tinha com o banco.

O Banestado foi privatizado em outubro do ano passado. Legalmente, o banco comprador, Itaú, assume todos os contratos do antigo banco estatal que estavam em andamento. É o caso do contrato de prestação de serviço da Esic com o Banestado.


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