A juíza da Vara Criminal de Cornélio Procópio, Vanessa Aparecida Pelhe Gimenez, revogou a prisão temporária do vereador André Lima (DEM), preso em uma operação da Polícia Civil da cidade para combater o tráfico de drogas. Dez suspeitos, incluindo o parlamentar, foram detidos e encaminhados para a cadeia do município. Na semana passada, a magistrada permitiu que Lima comparecesse às sessões da Câmara Municipal sob escolta policial, mas sem uso de algemas. Mesmo com a autorização, ele não esteve presente no Legislativo.
O delegado-chefe da 11ª Subdivisão Policial de Cornélio Procópio, João Manoel Garcia Alonso Filho, informou que, mesmo com o desenrolar das investigações, não vislumbrou "motivos para que o vereador continuasse preso". Ele também adiantou que "todas as diligências foram concluídas". Lima deixou a cadeia no final da tarde desta segunda-feira (22). O advogado dele, Jorge Haddad, reforçou que a "Justiça seguiu na mesma linha da Polícia Civil, concedendo assim a soltura".
A defesa ingressou com um habeas corpus no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) na sexta-feira, mas os desembargadores nem chegaram a apreciar o pedido. Antes mesmo da decisão em primeira instância, Haddad argumentou que Lima "é empresário, pai de família, tem carteira de trabalho e não apresenta nenhum risco" para justificar a inocência de cliente. Na operação, a Polícia Civil, além das prisões, cumpriu 14 mandados de busca e apreensão. A suspeita é de que o esquema vinha acontecendo há vários meses na cidade do Norte Pioneiro.
Agora livre, a expectativa é que Lima volte a ocupar uma das cadeiras da Câmara já nesta terça-feira. O presidente da Casa, vereador Helvécio Alves Badaró (PTC), confirmou que pode convocar o suplente caso o parlamentar falte por três vezes consecutivas.