A empresa Vega foi descartada do processo de licitação do consórcio do lixo de Curitiba e outros seis municípios da região metropolitana. A Vega não comprovou experiência técnica no ramo de resíduos sólidos, conforme determinava a primeira etapa do edital de licitação. Com isso, continuam no páreo, a Cavo e a Enterpa.
A vencedora irá administrar os serviços de coleta, transporte, tratamento e destinação final do lixo por 20 anos a partir de 2003. O anúncio foi feito pelo secretário municipal de Meio Ambiente, Ibson Campos, que convocou entrevista coletiva para rebater o mal-estar causado pelos vereadores Jorge Bernardi (PDT) e Marcelo Almeida (PMDB) que questionam a licitação.
''Tenho percebido que por motivos políticos a oposição tem plantado notícias que não são verdadeiras na imprensa. Quero esclarecer os pontos mais polêmicos para não ficar dúvida'', disse.
Quanto a compra de terreno em Mandirituba, na região de Cuiritiba, pela Cavo, o secretário afirmou que o edital determina que a participante aponte o local onde pretende instalar o aterro. ''A Cavo está se arriscando. O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) ainda terá que licenciar a área. A Enterpa pretende instalar o aterro em Fazenda Rio Grande'', explicou.
O secretário frisou que a cobrança da tarifa do lixo será feita por volume e não peso produzido porque tecnicamente é mais viável. A tarifa básica, que atingirá 88% dos usuários, ficará entre R$ 10 e R$ 12,00 e englobará unidades geradoras de até 30 litros de lixo por dia. Serão seis tipos de tarifas.
A segunda etapa do processo de licitação determina a metodologia de execução dos serviços e proposta de valor das tarifas, prevista para 1º de julho. No primeiro ano de concessão, a empresa vencedora terá de investir R$ 70 milhões.