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Uma série de medidas - como a concretagem das caixas de proteção - adotadas pela Urbs, Urbanização de Curitiba S/A tem reduzido o número de roubos de cabos de semáforos na cidade. Mesmo assim, 520 metros de cabos subterrâneos foram roubados no ano passado e, no primeiro fim de semana deste ano, 80 metros de cabos desapareceram na Linha Verde, exigindo intervenção imediata para garantir o funcionamento do semáforo no cruzamento das ruas Sônia Maria com Professor João Soares Barcelos, no binário Fanny.
O prejuízo provocado pelo roubo de cabos e outros itens de semáforos vai bem além da questão financeira e preocupa os técnicos, explica a diretora de Trânsito da Urbs, Rosangela Battistella. "O custo real não pode sequer ser medido porque ao roubar o cabo ou porta-foco de um semáforo, esta pessoa está criando condições de risco para motoristas e pedestres, podendo causar congestionamentos e acidentes com graves consequências", afirma.
Os cabos, explica Rosangela, têm a função de interligar os semáforos permitindo sincronização e melhor fluidez do tráfego. Eles contém fios de cobre, metal que tem grande valor de mercado e que é retirado com a queima do plástico que cobre os dutos. Além de riscos para o trânsito o roubo dos cabos coloca em risco a própria vida dos criminosos porque o corte dos dutos é feito sem qualquer cuidado, com tesouras ou estiletes em uma rede de ligação elétrica com alta voltagem.
A população pode ajudar a combater o roubo fazendo denúncia pelo telefone 156, da Central de Informações da Prefeitura. Também é importante que empresas, como as que atuam no ramo de ferro-velho, por exemplo, denunciem qualquer eventual oferta de fios provenientes de cabos roubados.
As principais vias onde são registrados roubos de cabos são Wenceslau Braz, Comendador Franco (das Torres), Marechal Floriano Peixoto (na região do viaduto) Affonso Camargo, Anne Frank, Nicola Pelanda, Conselheiro Dantas e Atílio Bório.
Para dificultar a ação de ladrões de cabos a Urbs tem concretado as caixas de acesso aos cabos subterrâneos. Além da massa de concreto que fecha asa caixas de acesso, há uma tampa metálica que também é lacrada.
Em muitas situações, a reposição exige uma metragem maior do que o que foi roubado. Por exemplo, se o roubo foi de 50m, em alguns casos a reposição pode chegar a até cem metros, em virtude de cortes fitos aleatoriamente em locais distantes dos cruzamentos onde se encontram as caixas de proteção.
Curitiba tem 1.035 semáforos e boa parte deles está diretamente ligada à Central de Tráfego em Área (CTA), que funciona na Urbs. Qualquer irregularidade é registrada de imediato nos painéis do CTA, como semáforos apagados em decorrência de roubos de cabos ou por questões climáticas, permitindo a intervenção imediata com o deslocamento das equipes de manutenção.