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O presidente da Ferroeste, Samuel Gomes, participou nesta sexta-feira (5) de reunião técnica com a Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb) e o Laboratório de Transporte e Logística da Universidade Federal de Santa Catarina (LabTrans) para definir os detalhes da pesquisa de campo que irá determinar a demanda do Trem da Serra Gaúcha, entre Caxias e Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, e do Trem Pé-Vermelho, entre Londrina e Maringá.
"Foi uma reunião de trabalho dos dois projetos. A Trensurb é empresa federal, vinculada ao Ministério das Cidades, que opera os trens urbanos na grande Porto Alegre. O Labtrans é a instituição federal de pesquisa que coordena os estudos de viabilidade tanto do projeto do trem paranaense como do trem gaúcho", explicou Gomes, falando do encontro realizado em no campus da Universidade de Caxias do Sul (UCS).
Durante a reunião, ficou decidido que a pesquisa de campo será feita no Trem da Serra Gaúcha ente 22 e 27 de março, provavelmente num dia de semana e num sábado. "É uma região menor, com menos habitantes e cidades", explica Rodolpho Philippi, do Labtrans, coordenador do estudo de viabilidade de ambos os projetos.
Em seguida, a pesquisa será realizada no Paraná. Segundo o presidente da Ferroeste, o Paraná vai enviar uma equipe para acompanhar o treinamento e a realização da pesquisa no Rio Grande do Sul.
"Paranaenses, catarinenses e gaúchos estão trabalhando em conjunto e em parceria com o governo federal para a retomada dos trens regionais de passageiros", falou. "O projeto comum do Trem Pé-Vermelho e do Trem da Serra Gaúcha, prevê máquinas modernas, de preferência da indústria nacional, permitirá ganho em escala e menor custo", disse Gomes.
Philippi estima que 150 entrevistadores vão trabalhar na pesquisa, na região da Serra Gaúcha. No Paraná, a previsão é de que serão necessários cerca de 250 entrevistadores, que devem ser treinados em Londrina, Maringá e uma terceira cidade a ser definida, em três turnos de um mesmo dia.
Samuel Gomes estima que os entrevistadores trabalharão entre três e quatro horas na pesquisa. A pesquisa será feita não apenas nos pontos de geração de tráfego, como terminais de ônibus e centros comerciais, também em ônibus urbanos e interurbanos.
Os projetos do Paraná e do Rio Grande do Sul foram selecionados por um programa do governo federal voltado à reativação dos trens de passageiros no País. Cada um recebeu R$ 400 mil para dar início aos estudos de viabilidade.