O Tribunal de Contas do Paraná (TCE-PR) aprovou com ressalvas as contas do ano de 2012 da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefa), quando o titular da pasta era o atual deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB).
A ressalva envolve o repasse parcial dos recursos vinculados aos fundos especiais do Governo do Estado. Para evitar problemas futuros, o TCE recomendou a adoção do Sistema de Gestão Integrada dos Recursos Financeiros do Estado do Paraná (Sigerfi-PR), efetivado pelo Governo Estadual no ano passado através da lei nº 17.579/2013. "Iniciamos a implantação do sistema em 2012 depois de estudarmos modelos vigentes de outros estados. A iniciativa é nossa", rebateu Hauly em entrevista ao Bonde nesta segunda-feira (5).
O sistema integrado gerou um caixa único para os recursos dos órgãos estaduais. O Sigerfi-PR inclui as administrações direta e indireta e os fundos estaduais.
Hauly explicou que antes de implantar o sistema, o Governo do Estado precisou fazer readequações na Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar). "O órgão passou por modernização, justamente para atender aos outros setores. Hoje em dia é tudo integrado. Investimentos mais de R$ 500 milhões nas readequações. O trabalho está dando resultado, tanto para o funcionalismo, que tem melhores condições de trabalho, como para o contribuinte, que é atendido de forma mais ágil", argumentou o ex-secretário.
De acordo com Hauly, o modelo de controle de contas foi implantado de forma gradativa. Ele garantiu que, atualmente, o sistema funciona a todo vapor. "É resultado da aquisição das novas tecnologias. O suporte melhorou muito", acrescentou.
O ex-secretário lembrou, ainda, das melhorias realizadas no setor contábil dos órgãos do Governo Estadual. "Antes da modernização, o poder público emitia cerca de 300 mil notas fiscais ao dia. Hoje são mais de 700 mil", exemplificou.
Para Hauly, o avanço tecnológico é um dos principais trunfos da administração do governador Beto Richa (PSDB). "O investimento causou melhorias diretas na Fazenda, no Detran, da Segurança Pública, na Saúde e na Educação, setores que não conseguem atender sem um bom suporte", destacou.
(Atualizado às 15h19)