Comerciantes de Foz do Iguaçu estão prevendo queda das vendas aos paraguaios a partir de segunda-feira, quando entra em vigor a taxa de 10% criada pelo governo do Paraguai sobre as importações de 350 itens. Hoje (13/07), o clima em Foz era de expectativa quanto ao impacto da medida no mercado da fronteira.
Um dos principais ramos que devem ser afetados é a Central de Abastescimento (Ceasa), em Foz, onde boa parte dos produtos está inserida na medida protecionista paraguaia. Os estrangeiros respondem por 70% dos clientes dos comerciantes brasileiros, que movimentam R$ 1,3 milhão por semana, segundo o gerente local, João Maria dos Santos Neto.
A taxa de 10% atinge itens básicos de vários segmentos da economia, como construção civil e vestuário, porém recai principalmente nos gêneros alimentícios. O país vizinho pretende, dessa maneira, obrigar os paraguaios a comprar os produtos nacionais.
Neste semana, o governo paraguaio adotou outra determinação para proteger o mercado interno. As Forças Armadas passaram a ajudar na fiscalização das bagagens dos paraguaios que cruzam a Ponte da Amizade de carro, a pé e de bicicletas transportando produtos comprados no Jardim Jupira e Vila Portes, bairros na região fronteiriça. A ordem é proibir a passagem de todos os atravessadores informais.
* Leia mais em reportagem de Alexandre Palmar na Folha do Paraná/Folha de Londrina deste sábado