Paraná

Situação piora na Rodovia do Xisto

07 ago 2001 às 08:53

O Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) vai publicar ainda nesta semana, no Diário Oficial da União, o resultado da licitação para a restauração da Rodovia do Xisto (BR-476), apontada como uma das estradas em pior conservação no Estado. A empresa vencedora é a paulista Floriano, Obras Ltda. Mesmo divulgando o nome de quem ganhou a concorrência, o DNER já avisou que as obras não têm prazo para começar, pois dependem de liberação da verba do Ministério dos Transportes.

Para tentar acelerar, lideranças políticas e moradores prejudicados pelas péssimas condições da estrada se reúnem amanhã para definir data e local de uma manifestação que deve fechar a estrada por 12 horas. A Rodovia do Xisto liga Curitiba a São Mateus do Sul e os trechos mais críticos, segundo o DNER, são os que passam por Araucária, Bocaiúva do Sul, Contenda e Lapa.


De acordo com o prefeito da Lapa, Paulo Cesar Furiati (PMDB), a situação está insustentável. "As pessoas não querem correr riscos", afirma, avaliando que além dos moradores, o turismo - principal fonte de renda do município - é prejudicado em função das condições da rodovia. Furiati diz que no início deste ano o DNER havia anunciado liberação de R$ 17 milhões do Ministério do Transporte para restauração da estrada, mas não houve o anúncio oficial de início das obras. A assessoria de imprensa do DNER informou que foram destinados R$ 12 milhões para as obras, mas o órgão ainda aguarda a verba.


Na última quinta-feira, o DNER contratou a empresa CBMI para uma operação "tapa-buracos" de emergência no trecho entre Araucária e São Mateus do Sul. A recuperação dos trechos mais precários deve acabar ainda nesta semana. Segundo o DNER, a sobrecarga e as constantes chuvas são os principais problemas para a conservação da estrada.

O trecho da BR-476 conhecido por Rodovia do Xisto é de responsabilidade do governo federal e desde a privatização de várias estradas federais, há três anos, se tornou a principal rota de fuga dos motoristas que seguem em direção a Santa Catarina, já que não é cobrado pedágio.


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