Representantes do Fórum dos Servidores Públicos Estaduais estiveram reunidos com o chefe da Casa Civil, Alceni Guerra, na manhã desta sexta-feira, para definir um acordo sobre as reivindicações feitas pelos grevistas.
A categoria reivindica reajuste salarial de 50,03%, implantação de um plano de carreira, cargos e salários, adoção de hora-atividade de 20%, revogação do decreto da Secretaria de Estado da Educação que trata do processo de escolha dos diretores e a suspensão do projeto 411/00 que, de acordo com a APP-Sindicato, extingue a carreira estatutária.
O chefe da Casa Civil, Alceni Guerra, propôs aos professores maior participação no processo seletivo de diretores das escolas estaduais e abriu a possibilidade de discussão sobre as reposições salariais. No entanto, Guerra já adiantou que a Lei de Responsabilidade Fiscal impossibilita o governo de pagar o valor pedido pelo reajuste e de realizar novos concursos para contratação. Ele também sugeriu que o projeto 411/00 continue em vigor e que os servidores voltassem ao trabalho para depois discutirem as outras reivindicações.
Os professores afirmam que nada disso foi proposto na reunião. Eles se recusaram a voltar ao trabalho antes de discutir as reposições salariais e sem a retirada do projeto que inviabiliza a carreira estatutária. A respeito das eleições de diretores, os professores declararam que estão abertos para discutir uma melhor forma de apurar os candidatos.
A situação continua indefinida. O governo confirmou uma reunião para a segunda-feira com o objetivo de definir a situação. Já os grevistas afirmam que voltam no fim da tarde desta sexta-feira para tentar uma solução