Paraná

Setembro tem maior número de incêndios dos últimos 12 anos

20 set 2017 às 09:50

Setembro registrou 1.282 focos de incêndio em todo o Paraná. É o maior número registrado neste mês nos últimos 12 anos, segundo dados do Corpo de Bombeiros e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O órgão estadual atende uma ocorrência a cada 13 minutos, sendo a região de Maringá, no Noroeste do Estado, e Curitiba as localidades com maior número de casos.

Para Paulo Barbieri, meteorologista do Simepar, o número de queimadas cresce em setembro por causa do clima seco e sem chuvas. "Há um bloqueio atmosférico, uma massa de ar quente que está sob o Estado e não deixa as frentes frias chegarem até o solo", conta. É algo típico da estação mais fria do ano, que é seca e não tem muitas ocorrências de chuva.


A cidade de Maringá registrou altos índices, por exemplo, porque teve o setembro mais seco dos últimos 17 anos. "Essa situação, no entanto, pode mudar porque restam 11 dias para terminar o mês e há possibilidade de chuva nas próximas semanas", salienta Barbieri.


Descuidos

Em alguns casos, o fogo é iniciado por descuido da própria população, conta a capitã do Corpo de Bombeiros, Rafaela Diotalevi. Segundo ela, nesta época do ano acontecem muitas ocorrências em terrenos baldios, principalmente na capital paranaense.


"As pessoas costumam jogar sacos de lixo nos terrenos e em alguns há casos de vidro. O contato deles com o sol provoca novos incêndios, que poderiam ser evitados se houvesse mais cautela", relata.


Para alertar sobre os riscos de incêndio, o Corpo de Bombeiros tem uma série de campanhas educativas para conscientizar a população. Além do vidro, jogar bitucas de cigarro no mato, acender fogueiras por brincadeira e soltar balões também podem ocasionar novos incêndios. O órgão também procura incentivar as pessoas a ligar imediatamente para o telefone 193 assim que presenciarem focos de incêndio.

Provocar incêndios em vegetação nativa sem a devida autorização é crime. O dono do terreno ou a pessoa responsável pelo manejo do fogo pode sofrer as sanções previstas na Lei de Crimes Ambientais e receber multas que variam de acordo com a área queimada.


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