Servidores do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em greve desde o dia 18 de junho, promovem uma manifestação na manhã desta quarta-feira (15) em Curitiba. O protesto acontece na sede do Incra no Paraná, localizada na rua Doutor Fraive, centro da capital paranaense, e faz parte do movimento nacional da categoria, que reivindica aumento salarial.
Segundo o engenheiro agrônomo Rogério Rodrigues, da Associação Nacional dos Peritos Federais Agrários, aproximadamente 60 pessoas participam da ação. "Os portões estão fechados e não há previsão de abrir", afirma.
A manifestação ocorre depois da reunião realizada nesta terça-feira (14), no Ministério do Planejamento, em Brasília. "O governo tem marcado reuniões e segue dizendo que vai apresentar uma proposta. Mas novamente não apresentou. Então a idéia é radicalizarmos mais. Queremos voltar ao trabalho, só não podemos ficar esperando o governo nos enrolar", disse Rodrigues.
Ele conta que no último concurso do Incra apenas 53% das vagas para engenheiros foram preenchidas. "Os outros 47%, quando souberam do salário, não quiseram assumir, porque a remuneração no setor privado é muito maior. A categoria está desvalorizada", completou.
No país, das 30 superintendências regionais do Incra, 28 estariam paralisadas, incluindo a do Paraná. No entanto, o governo argumenta que apenas entre 70 e 80 mil dos 520 mil servidores ativos estão efetivamente em greve.
Os servidores pedem a equiparação salarial com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Os grevistas argumentam que a remuneração dos trabalhadores do MDA/Incra é pelo menos duas vezes e meia inferior à do MAPA, sendo que todos realizam funções similares.