Servidores das universidades estaduais do Paraná aguardam uma resposta do governador Roberto Requião (PMDB) ao pedido de audiência feito por representantes da categoria, para discutir o reajuste dos salários.
Eles reivindicam um aumento de 62%, para compensar perdas salariais acumuladas desde março de 1997.
O presidente da Associação dos Servidores Técnico-Administrativos da Universidade Estadual de Londrina (Assuel), Itamar Rodrigues do Nascimento, diz que o governo já deveria ter se pronunciado sobre o assunto, já que o mês de junho é a data-base, prevista em lei, para o reajuste salarial.
''Já tivemos cinco reuniões com o secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldair Rizzi, mas ele nos afirmou que a última palavra é do Requião'', aponta. O secretário informou, por meio da assessoria de imprensa, que ainda não discutiu a questão com o governador.
Os servidores das universidades estaduais de Londrina, Maringá (UEM), Cascavel (Unioeste) e Ponta Grossa (UEPG) já realizaram várias assembléias - a última ocorreu no dia 19, em Londrina. Ficou decidido que, se não tiverem resposta ao pedido de audiência até a próxima semana, os servidores montarão uma caravana até Curitiba.
A manifestação por reajustes pode incluir ainda a paralisação, por um dia, de professores, funcionários e servidores da saúde ligados ao Ensino Superior.
Em 2002, depois de uma greve unificada que durou 169 dias, os servidores do ensino superior público conseguiram reajustes que variavam entre 13,55% e 50,03% - os servidores que tinham os menores salários ficaram com os maiores reajustes. ''O índice veio depois de 8 anos sem correção salarial. Os salários continuaram defasados'', afirma o presidente da Assuel.