Um possível grupo criminoso formado por servidores públicos municipais de Maringá (Noroeste) - suspeitos de cobrarem ilicitamente valores de pessoas que desejassem fazer cortes, podas e remoções de árvores na cidade - está sendo investigado pelo MPPR (Ministério Público do Paraná).
A investigação faz parte da Operação Pix, que foi desencadeada nesta quinta-feira (19) no município, pelo MPPR com apoio do núcleo local do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).
Houve ainda o cumprimento de oito mandados de busca e apreensão em endereços de investigados, bem como mandados de busca e apreensões pessoais.
Leia mais:
Órgãos estaduais do Paraná vão ter escala especial de funcionamento nesta quarta-feira
Estrada da Graciosa tem pare-e-siga nesta terça-feira para recuperar local de queda de árvores
Detran alerta para golpes por mensagens SMS
Queijo do Paraná está entre os nove melhores do mundo
De acordo com a 20ª Promotoria de Justiça de Maringá, os pagamentos normalmente eram feitos por Pix, daí o nome da operação. São investigados possíveis crimes de corrupção e concussão e crimes ambientais, além de atos de improbidade administrativa.
FURANDO A FILA
Apesar de Maringá possuir um cadastro em ordem cronológica de árvores a serem cortadas, removidas ou podadas pelo poder público, sem o pagamento de taxas pelos munícipes, funcionários da Secretaria responsável pelos serviços são investigados por solicitar ou exigir pagamento em dinheiro para agilizar e efetivar os serviços. Para isso, desrespeitavam a ordem cronológica, utilizando veículos e maquinários do Município para os serviços, muitas vezes sem o necessário laudo dos engenheiros responsáveis pelas autorizações de poda e corte.
No município, há uma grande fila de espera pela realização desses serviços, sendo inúmeras as reclamações de pessoas que aguardam por até quatro anos sem que os serviços sejam feitos, correndo o risco de perder patrimônio ou mesmo riscos físicos, diante da inação do poder público.
LEIA TAMBÉM: