O Sindicato dos Servidores estaduais da Saúde (SindSaúde) continua nesta quarta-feira com uma série de protestos nos hospitais da rede pública do Paraná. As manifestações começaram na semana passada em Curitiba. A intenção é parar os serviços por algumas horas. Segundo a direção da entidade, a população vai ser chamada a participar dos debates sobre as precárias condições de trabalho e o congelamento do salário da categoria, que já dura seis anos, representando defasagem de 50,03%.
Na manhã desta terça-feira, como parte da estratégia de tentar sensibilizar a opinião pública, o sindicato montou uma barraca na Boca Maldita, ponto de encontro e de manifestações da Capital, para distribuir comunicados sobre o movimento.
Nesta quarta-feira está prevista uma paralisação de 12 horas no Hospital do Trabalhador em Curitiba. O protesto deve iniciar às 7 da manhã e se estender até às 19 horas. A Secretaria Estadual de Saúde garante que os funcionários decidiram não aderir ao ato para evitar prejuízos à população.
Na próxima sexta-feira, será a vez do Centro Regional de Especialidades de Maringá a promover a paralisação, segundo o sindicato. A manifestação deve durar cerca de 60 minutos e abordará, além das questões salariais, as causas na demora do atendimento à população. "Queremos que as pessoas que procuram os serviços públicos de Saúde entendam que a dificuldade para agilizar o atendimento não é culpa nossa", diz a presidente do SindSaúde, Mari Elaine Rodella.
A informação da Secretaria Estadual de Administração é de que reajustes só poderão ser concedidos quando as receitas registrarem crescimento. A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) impede a realização de gastos que não possam ser cobertos pela arrecadação.