Os agentes de saúde de Foz do Iguaçu e da Pastoral da Criança participaram durante toda a semana de um curso especial sobre tráfico de pessoas na região de fronteira. A oficina foi organizada pela Secretaria Municipal de Ação Social em parceria com a Organização Internacional para as Migrações (OIM). Durante o treinamento, foram abordados tópicos como situações de vulnerabilidade social (miséria, desemprego, prostituição, entre outros), que estão ligados diretamente ao tráfico de pessoas.
A conferencista Cynhia Bendlin, técnica vinculada à OIM, também abordou em palestra os mecanismos de controle para evitar casos dessa natureza, tais como os números de telefone que podem ser utilizados para efetuar as denúncias, os delatos anônimos e a definição específica do termo tráfico de pessoas. Também apresentou alguns dados relativos ao problema no mundo.
Dados - Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), estima-se que 4 milhões de pessoas sejam vítimas do tráfico de seres humanos, para fins de exploração sexual, trabalho escravo e extração de órgãos. Destes, 1,5 milhão de casos acontecem na América Latina. Segundo Edna Severo, coordenadora do programa S.0.S Criança, integrado à Secretaria Municipal de Ação Social, em Foz do Iguaçu não existem no momento números concretos sobre o problema. A instituição Partiners realiza um estudo nesse sentido em todas as cidades fronteiriças no Brasil. Foz é um dos focos dos trabalhos.