A Prefeitura de Curitiba começa a discutir nesta terça-feira (3) o impacto do assédio moral nas relações de gênero e raça, em um seminário que irá reunir representantes de todas as secretarias e órgãos da Prefeitura.
A discussão faz parte de um programa nacional desenvolvido pela Secretaria Especial de Políticas para Mulheres da Presidência da República, uma iniciativa criada com propostas para transformar as políticas aplicadas dentro das empresas, visando o fim das desigualdades no trabalho.
"As organizações que cumprem com as ações de igualdade propostas no plano de trabalho recebem o Selo Pró-Equidade de Gênero e Raça, relativo ao período de referência", explicou a vice-prefeita e secretária do Trabalho e Emprego, Mirian Gonçalves. Ela lembra que o prefeito Gustavo Fruet assinou o termo de adesão à 5ª edição do programa, que será desenvolvido nos próximos 24 meses.
Mirian conta que, entre as causas que impedem que mulheres, principalmente mulheres negras, ocupem cargos mais valorizados está o preconceito de gênero e raça, que deve ser foco de ações do programa. "O Assédio Moral é identificado como um comportamento condenável e inaceitável nas relações de trabalho. Estudos apontam que as mulheres são vítimas preferenciais de assediadores, por isso este programa indicou o debate sobre assédio moral como uma das ações iniciais para orientar o programa de equidade no âmbito da Prefeitura", disse ela.
A mesa redonda desta terça-feira inaugura uma série de atividades que serão desenvolvidas nos próximos anos sobre o tema. "Os debatedores deverão estabelecer os conceitos do assédio moral, identificar as consequências na saúde e nas relações de trabalho", conta Marisa Stedile, diretoria de Qualificação para o Trabalho da Secretaria do Trabalho e Emprego.
O seminário será realizado a partir das 13h30, no Salão de Atos do Parque Barigui, promovido pelo Comitê Pró- Equidade, sob a coordenação da Secretaria Municipal do Trabalho e Emprego, com apoio e organização do Instituto Municipal de Administração Pública (Imap).