Mesmo tendo sofrido três atentados em 90 dias, a casa onde funcionava a Promotoria de Investigações Criminais (PIC), no bairro Alto da Glória, em Curitiba, na madrugada de ontem era guardada por apenas um vigia de 60 anos. Não havia nenhum sistema eletrônico de segurança no local.
Segundo Dartagnan Abilhoa, promotor da PIC, a promotoria não pediu reforço na segurança porque o efetivo policial no Estado já é pequeno. "Estão faltando policiais até para a proteção do cidadão comum, não seria justo tirarmos o pessoal das ruas para proteger a PIC", conta.
De acordo com ele, há um grupo especial de policiais militares que trabalha junto com os promotores. "Normalmente eles ficam no prédio, mas nessa madrugada não havia ninguém". Abilhoa disse que havia uma previsão de ocorrência de atentado contra a PIC. Por isso, os arquivos mais importantes tinham sido copiados e guardados em outro imóvel. "Nada vai mudar nas investigações, vamos continuar todos os procedimentos que estão em andamento."
Ontem mesmo o que restou dos documentos da PIC foi transferido para outro pédio do Ministério Público, que fica na Rua Tibagi, no centro da cidade. A promotoria de investigações criminais vai funcionar provisoriamente nesse imóvel. "Serão providenciados outros equipamentos para os promotores a partir da próxima semana."
Trabalham na PIC cerca de 50 pessoas. Além de Abilhoa, existem outros oito promotores públicos. Há ainda um grupo especial de policiais militares que acompanha as investigações da promotoria.