O Colégio Nacional de Secretários da Segurança Pública vai pedir ao Governo Federal que use tropas do Exército em parceria com as polícias estaduais e Federal para reforçar a fiscalização nas fronteiras de todo o país. O anúncio foi feito no fim da manhã desta sexta-feira (19), durante a 18.ª reunião do Consesp, realizada, em Curitiba, e que seguiu até o fim da tarde.
"A fragilidade das fronteiras transforma o Brasil em uma avenida de entrada e passagem para o tráfico de drogas e de armas. Temos que combater isso imediatamente", disse o secretário da Segurança Pública do Paraná, Luiz Fernando Delazari.
Ao todo, 13 secretários participaram da reunião. Entre eles, o secretário-adjunto da Defesa Social de Minas Gerais, Flávio Sapori, que acha essencial o reforço no policiamento da fronteira para que se possa combater o crime organizado. "Este é um tema prioritário no Consesp para este ano. Vamos insistir com o governo federal para que isso seja colocado em prática o mais rápido possível", disse.
Segundo ele, a proposta técnica preliminar já foi elaborada pelos secretários da Segurança do Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. "Revelaremos os detalhes em breve mas quero esclarecer que a entrada das forças armadas seria gradativa", disse Delazari.
O secretário de Roraima, coronel César Augusto Rosa, defende a proposta, já que admite não ter como fiscalizar sua fronteira. "O policiamento hoje na minha área de fronteira é virtual. Tenho uma extensão muito grande e não tenho como fazer o policiamento. Precisamos da parceria do exército", disse. O estado de Roraima faz fronteira ao Norte e Noroeste com a Venezuela e ao Leste com a Guiana.
Os secretários ainda devem definir quando entregarão a proposta técnica para o Governo Federal.