O secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Ramiro Wahrhaftig, disse que a única alternativa para o fim da greve das universidades estaduais é a Justiça. "Só resta o judiciário", falou o secretário em entrevista ao Diário de Maringá. Wahrhaftig prevê que o Ministério Público e os estudantes vão despejar uma "avalanche" de ações judiciais contra sindicados e entidades que apoiam a paralisação.
No último sábado, uma assembléia do comando de greve em Campo Mourão definiu que não negociaria mais com o secretário estadual por ele "não ter apresentado nenhuma proposta concreta". Na manhã de terça-feira o comando de greve reuniu-se com a vice-governadora Emília Belinati, que se comprometeu a atuar como mediadora entre o comando e o Governo. A reunião não teve nenhum resultado prático.
Na segunda-feira, o juiz substituto da 2ª Vara da Justiça Federal em Londrina, Dineu de Paula, que determinou a volta ao trabalho para 75% dos docentes e servidores da instituição, além da retomada das aulas para os alunos do último ano e do calendário de atividades de graduação e pós-graduação. O comando de greve da Universidade Estadual de Londrina recorreu da decisão. O reitor da universidade, Pedro Gordan, também afirmou que a UEL iria recorrer.
O Governo Estadual tenta enfraquecer o movimento grevista divulgando valores de multas aplicadas aos sindicatos e instituições. A Agência Estadual de Notícias do Governo do Paraná (AENotícias) informou hoje que as multas aplicadas pela Justiça Estadual aos 14 sindicatos de professores e servidores das três universidades estaduais em greve já chegam a R$ 10,374 milhões. As ações são contestadas na Justiça.
A greve das universidades estaduais de Londrina (UEL), Maringá (UEM) e Cascavel (Unioeste) completa 129 dias nesta quarta-feira.