Até 9 de junho
A Secretaria de Estado da Saúde (SESA), lançou neste final de semana uma campanha informativa com o objetivo de incentivar o uso do preservativo. A campanha, realizada em conjunto com o Ministério da Saúde (MS), vai se estender até o carnaval, época de maior proliferação de doenças sexualmente transmissíveis.
De acordo com a Secretaria de Comunicação do governo estadual, a SESA estará distribuindo cartazes e preservativos em todo Paraná, dando prioridade para o litoral. Desde o início de janeiro, já foram encaminhados 2 milhões de preservativos às 22 regionais de saúde do Estado. Com o início da campanha e a aproximação do Carnaval, foram enviados mais 300 mil para o litoral, onde há maior concentração de pessoas no carnaval. Durante todo o ano passado, foram distribuídos 6,4 milhões de preservativos em todo o Paraná.
A campanha tem como objetivo chamar a atenção da população, em especial adolescentes do sexo feminino, de 13 a 19 anos, faixa etária em que os novos casos de AIDS vêm superando o número de ocorrências entre os meninos. Os últimos dados sobre a AIDS revelam que, desde 2000, está ocorrendo uma inversão na relação da doença entre homem e mulher, na faixa etária de 13 a 19 anos de idade, com um número maior de casos em adolescentes do sexo feminino. Só no Paraná, a proporção de casos entre homens e mulheres, que já chegou a ser de 18 por um, hoje é de dois por um.
No Brasil, já foram notificados, desde o início da epidemia de AIDS, 237.588 casos de AIDS. Desses, 172.228 em homens e 65.360 em mulheres. No Paraná, foram 12.249 casos desde 1984, quando foi notificada a primeira ocorrência no Paraná. Deste total, 37,8% das pessoas já morreram, o que resulta em 7.613 pessoas vivendo hoje sabendo que são portadoras do vírus da AIDS. "Para cada uma das pessoas que sabe que tem, há 3 ou 5 que não sabem, então o número de infectados no Paraná pode ser bem maior", diz Rita Esmanhoto, coordenadora estadual de DST/AIDS. Em Curitiba, há um caso novo por dia. No Paraná, as cidades com maior ocorrência da doença são Paranaguá, Curitiba, Londrina, Foz do Iguaçu, Maringá e Ponta Grossa.