A Santa Casa de Misericórdia de Curitiba, pioneira no Estado por oferecer transplantes de rim e coração, começou a realizar também transplantes de fígado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) graças a uma parceria com a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC). Três pacientes já foram submetidos aos transplantes desde o dia 24 de agosto e os resultados foram satisfatórios.
Em média, mais de 25% dos 200 paranaenses que estão esperando por um transplante de fígado devem morrer por conta da falta de disponibilidade do órgão. Só pela Santa Casa, 30 dos 60 pacientes que estão na fila devem perder a vida pelo mesmo motivo, conforme informou o médico Julio César Wiederkehn. "A pessoa fica, em média, um ano e meio na fila esperando pelo transplante", afirmou. Disse que se fosse pago, o transplante custaria de R$ 80 ml a R$ 120 mil.
Para diminuir estes índices, no início do ano que vem, além do transplante cujo doador está morto, também será oferecido o transplante intervivo (doador vivo) pela Santa Casa. Neste caso, é enxertado pedaço do fígado do doador no receptor.
Para 2003, a Santa Casa já anunciou que também vai viabilizar transplantes de pâncreas. "A nossa meta é oferecer serviços de alta complexidade com qualidade", concluiu o médico.
Além de Wiederkehn, os médicos Marco Lacerda e Alcindo Pissaia, grupo pioneiro na realização de transplantes, integram a equipe. Em todo o Estado, outros quatro hospitais oferecem este tipo de cirurgia.