Terceirização de escolas
A Sanepar deve abrir, no próximo mês, a licitação da segunda etapa da duplicação do sistema de produção de água tratada Tibagi, principal responsável pelo abastecimento de Londrina e Cambé, no Norte do Estado. A primeira etapa, iniciada no fim do ano passado, tem a conclusão prevista para fevereiro de 2013. Os recursos de R$ 14,6 milhões são do Programa de Aceleração do O empreendimento exigirá investimento total de R$ 83,4 milhões.
Apenas na primeira etapa, serão usados 563 caminhões de concreto, equivalente a 3.375 metros cúbicos, e 285 toneladas de aço. A obra, na Estação de Tratamento de Água (ETA) Tibagi, na Estrada do Limoeiro, Região Leste de Londrina, foi visitada quinta-feira (17) pelo presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), Gerson Guariente, e pelo diretor Comercial da Sanepar, Antônio Carlos Salles Belinati, e, nesta sexta-feira (18), uma comitiva de gerentes da região.
Guariente disse que investimentos em saneamento e saúde são fundamentais para a composição do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) e uma garantia para a atração de novos empreendimentos imobiliários e industriais para a região. "Esta obra nos dá a segurança necessária para crescer. A duplicação do Sistema Tibagi integra a infraestrutura que, com o nosso capital humano, formam o diferencial da região".
Belinati lembrou que a Sanepar trabalha para garantir quantidade e qualidade no abastecimento público. "Temos que acompanhar o crescimento populacional garantir o atendimento da demanda. Neste momento, nosso cuidado é com a qualidade desta obra, que vai beneficiar mais de 600 mil pessoas diretamente".
O gerente-geral da Sanepar na Região Nordeste, Paulo Kishima, lembra que a duplicação do Sistema Tibagi ocorre 20 anos depois de sua inauguração. "Na época da inauguração, as pessoas não acreditavam no potencial deste manancial. Com esta duplicação o Tibagi passa a representar 70% da capacidade produtiva do sistema que abastece Londrina e Cambé".
Também participaram da visita os gerentes de Projetos e Obras, Luiz Nacayama, Industrial da Regional Londrina, Roberto Arai, das regionais de Arapongas, Luiz Alberto da Silva, e de Cornélio Procópio, Bráulio Leonel.
Duplicação
Ao final das obras, a capacidade do sistema saltará dos atuais 1.200 litros por segundo, para 2.400 l/s, atendendo a demanda dos próximos 15 anos. Na primeira etapa serão implantados os módulos de tratamento de água 3 e 4 da ETA Tibagi.
Na segunda etapa, a previsão é implantar mais uma adutora de 22 km e ampliar três estações elevatórias que já compõem o Sistema. Cerca de 50% da tubulação de ferro dúctil da nova adutora, com diâmetro variando entre 700 e 900 mm, já foi adquirida e está estocada em Londrina.
Enquanto está sendo viabilizado o aumento da produção, os técnicos estudam como deverá ser a distribuição da água do Tibagi. O tema faz parte do projeto global de expansão do Sistema de Abastecimento de Água Integrado Londrina-Cambé contratado pela Sanepar em 2011 e que deve ser concluído no ano que vem. O projeto visa determinar a localização estratégica dos novos centros de reservação e unidades de produção de água, entre outras obras e melhorias, para atender o crescimento das duas cidades por 20 anos.
Integração
Constituído por unidades de captação, adução e tratamento de água bruta, estações elevatórias e adutora de água tratada, o Sistema Produtor Tibagi entrou em operação em dezembro de 1991 e, em 1992, foi interligado a Cambé. Atualmente a produção do sistema integrado recebe contribuições do Rio Tibagi (54%), Ribeirão Cafezal (34%), Aquífero Guarani (5%) e outros 29 poços (7%). A distribuição de água conta com 15 centros de reservação, entre eles, Santos Dumont e Higienópolis, referências na paisagem de Londrina.