A Sanepar constatou aumento no roubo de hidrômetros em algumas cidades do Oeste do Paraná, o que tem provocado prejuízos para a empresa e, rincipalmente, para os usuários do sistema. Cada caso está sendo registrado nas delegacias de polícia.
Os hidrômetros têm mercado exclusivo no setor de saneamento e não têm outra utilidade para esses equipamentos, segundo a Sanepar.
De acordo com o que foi apurado até agora, os hidrômetros são retirados tanto de dia quanto à noite.
Em Cascavel, de março a setembro, 85 usuários tiveram os equipamentos de medição de água furtados de suas casas. Desde o dia primeiro de outubro, mais 51 clientes informaram à Sanepar sobre o desaparecimento do hidrômetro.
Em Toledo, a Sanepar registrou a ocorrência de 54 casos no período de 29 de setembro a 28 de outubro.
Os moradores de Foz do Iguaçu também têm sofrido com a ação dos vândalos. Somente no mês passado, 23 equipamentos foram suprimidos dos imóveis.
Para a Sanepar, o dano maior é a perda de dados, que dificulta a leitura e emissão das contas. Além dos prejuízos para a empresa, os moradores também são prejudicados porque ficam sem o abastecimento e terão que pagar por um novo hidrômetro.
De acordo com o contrato de prestação de serviços, o usuário é responsável pela guarda do equipamento. A empresa alerta a população para que tome o máximo de cuidado e se previna contra a ação dos vândalos.
Manter os portões fechados e impedir o acesso de pessoas estranhas são medidas que podem auxiliar na proteção dos equipamentos. As pessoas precisam defender esse patrimônio que está sob sua responsabilidade.
A retirada do hidrômetro só é feita pela Sanepar nas seguintes situações: quando o cliente solicita; quando a conta estiver com atraso de 90 dias; por irregularidade na ligação ou quando o hidrômetro precisa ser substituído. Nestes casos, as equipes colocam outro medidor de água imediatamente. Estes serviços são todos executados durante o dia.
Vale lembrar, ainda, que os empregados da Sanepar ou das suas prestadoras de serviços utilizam uniforme e crachá de identificação. Se alguém se apresentar de outra forma, a empresa orienta o morador para chamar a polícia imediatamente e informar a Sanepar pelo telefone 195.
O delegado de Cascavel, Valmir Soccio, informou que a polícia já iniciou as investigações e que possui algumas pistas sobre os ladrões e receptadores.
Para quem comete a infração, a pena é de detenção e pode variar de um a quatro anos. Se a pessoa for enquadrada em crime de estelionato, se apresentando como funcionário da Sanepar, pode pegar de um a cinco anos de cadeia. Para quem recepta os produtos furtados, a lei prevê também pena de detenção de um a cinco anos.
O delegado-adjunto de Toledo, Nabuo Nagasse, informou que as investigações também já estão encaminhadas e que alguns suspeitos já estão sendo acompanhados pela polícia.
Fonte: Agência Estadual de Notícia