Paraná

Saldo inicial em NY é de 5 mil mortos

14 set 2001 às 09:34
A "primeira guerra do século 21" – como foi qualificada a série de ataques terroristas de terça-feira nos Estados Unidos – deve ter deixado um saldo de mais de 5.000 mortos em seu capítulo inicial, segundo estimativas. O prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, declarou que pelo menos 4.763 pessoas estavam desaparecidas na cidade desde o ataque às torres gêmeas do World Trade Center. Em Washington, o número de mortos no ataque ao Pentágono chegava a 190.
Os trabalhos de resgate prosseguiam ontem à noite nas duas cidades, mas a esperança de encontrar mais sobreviventes soterrados diminuía à medida em que o tempo passava. A notícia de que cinco bombeiros tinham sido retirados vivos dos escombros animou os socorristas, mas – apesar de confirmada por uma porta-voz do Corpo de Bombeiros – foi desmentida à tarde pela rede CNN.
Segundo a porta-voz, os cinco tinham sido encontrados no interior de um furgão graças à introdução de sondas acústicas na montanha de escombros e três deles saíram caminhando depois de liberados. Não ficou claro como a notícia falsa, com tanta riqueza de detalhes, começou a circular nem o que causou o equívoco. O episódio, porém, sublinhou a confusão e desinformação que reinavam em Nova York.
Redes de TV informaram também que um dos soterrados estava se comunicando com as equipes de socorro por meio de e-mails enviados a partir de um palm top. Os trabalhos de busca enfrentam agora novas dificuldades, como o risco de desabamento de outros edifícios abalados pela queda das torres do World Trade Center. Muitas fachadas desses edifícios já ruíram e os andares superiores do prédio da American Express, de 51 andares e 225 metros de altura, desabaram ontem.
Enquanto isso, cerca de 7 mil agentes espalhados por todo o mundo tentam identificar os responsáveis pelos atentados da última terça-feira. Quatro mil são apenas do FBI, a polícia federal norte-americana. Segundo o O Secretário de Estado Colin Powell, as investigações giram em torno da participação do maior suspeito: o milionário líder muçulmano do grupo Al Qaeda, Osama Bin Laden. Atualmente, Laden está foragido no Afeganistão. No Brasil, a frente de investigação aos terroristas vão concentrar os esforços nas fronteiras com outros países sul-americanos, principalmente o Paraguai. A divisa entre Foz do Iguaçu (cidade com grande comunidade árabe) e Ciudad del Este é vigiada e o FBI pediu às polícias federais do Brasil e do Paraguai para manter atenção na entrada e saída de árabes de ambos os países.

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