A cada cinco minutos, ao menos uma bicicleta atravessa a linha de trem que corta a rua Floresta, região central de Rolândia (Região Metropolitana de Londrina). O fluxo é intenso pela manhã e a travessia faz parte da rotina de centenas de trabalhadores e moradores do município. Há uma marginal, que eles utilizam como ciclovia, mas neste trecho a continuidade do asfalto obriga pedestres e ciclistas a atravessarem a linha férrea.
Foi nesse trajeto que a professora Mirian Afonso Dias, de 56 anos, perdeu a vida na tarde de quarta-feira (13), enquanto passava pelo local de bicicleta. Ela trabalhava no CMEI (Centro Municipal de Educação Infantil) Professor Delermo Poppi, no Jardim José Erdei, que fechou as portas nesta quinta (14) em luto.
O acidente ocorreu por volta das 16h e, segundo moradores próximos à linha de trem, a professora teria sido arrastada a alguns metros pelo trilho.
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“Moro aqui no bairro há 68 anos e já vi muito acidentes nesta linha de trem porque é o trajeto de muita gente e a maioria, de bicicleta. O problema é que em acidentes envolvendo trem é praticamente impossível a pessoa sair com vida. O certo mesmo é ter cancela porque só o apito acionado pelo maquinista, não adianta. As pessoas acham que dá tempo e se arriscam", relata Nelson Pereira da Silva.
O comerciante Claudio Leandro, acompanhou a reportagem até o local do acidente e mostrou exatamente onde ocorreu o choque. Ele também mostrou uma sandália de Dias, que foi reconhecida por um de seus familiares, logo após o acidente.
“Ela deve ter pensado, como muita gente, que dava tempo de atravessar, mas o trem passa em alta velocidade. É muito rápido mesmo. Se alguém perde o controle ou cai na pista, não dá tempo de se salvar. Tem que reforçar a sinalização, colocar cancela, o que for para aumentar a segurança”, diz Leandro.
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