Paraná

Rios provocam erosão no prédio

01 dez 2000 às 10:12

Os moradores do Conjunto Habitacional Abaeté 2, no bairro Boa Vista, em Curitiba, querem uma solução da Prefeitura para os problemas provocados pelos rios Bacacheri e da Marinha na área do condomínio. Desde 1998, quando a água do rio provocou a queda de um muro da garagem eles tentam um acordo para resolver o caso. "O que está havendo é pouco caso dos orgãos públicos", reclama a moradora Eloína Dubinski Soares, secretária do Condomínio.

Para Renato Gorte, do Setor Técnico da Administração Regional do Boa Vista, as obras de canalizações feitas em vários trechos do rio Bacacheri melhoraram a situação naquela região, impedindo um maior alargamento do rio. "É preciso verificar se o condomínio respeitou o limite da faixa não edificável, necessária quando se constróem residências próximas aos rios", disse Gorte. Ele informou que o problema do condomínio continua sendo analisado pela equipe da administração regional. Alguns apartamentos começam a apresentar fissuras e as áreas das garagens e próximas à churrascaria estão interditadas.


A distância mínima para construir em locais próximos aos rios é de 30 metros, mas os moradores informam que há 17 anos, quando os apartamentos foram entregues o rio não passava de uma pequena valeta. "Não havia nenhum problema pois o leito tinha menos de um metro, ao contrário de hoje que atinge quase dez", afirmou Eloína.


A administradora regional Inês Hartl recebeu, em 27 de outubro de 1998, a solicitação para implantação de medida saneadora de combate a erosão pedida pelos moradores através da câmara dos vereadores. Entre fevereiro e maio de 1999 técnicos da Companhia de Habitação (Cohab-CT) e da Prefeitura foram ao local. "Apenas disseram que a obra agüentaria mais dez anos", falou Eloína. A administradora não foi encontrada para comentar o assunto.


A última alternativa para a reparação da área de 140 metros foi apresentada em outubro deste ano e custaria R$ 66,8 mil ou R$ 2 mil para cada morador dos 32 apartamentos, o que foi rejeitado em assembléia. Cada apartamento está avaliado em R$ 35 mil.

Por causa dessa situação, a moradora Ivonete Pereira Machado teme quando as crianças vão para a área de lazer. "O muro está caindo e isso causa preocupação em todos nós", concluiu.


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