A Secretaria Municipal do Meio Ambiente vai divulgar apenas na próxima quinta-feira o valor da multa a ser aplicada para os responsáveis pelo acidente que provocou o derramamento de 30 litros de óleo combustível no perímetro urbano de Curitiba. O acidente aconteceu no último sábado depois que uma carreta da Transportadora Relógio, que carregava o produto, tombou no viaduto que liga a BR-116 a BR-277, no bairro Jardim das Américas.
Ao contrário do que foi divulgado pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP), a secretaria afirma que houve danos ambientais no local do acidente, ainda que superficiais. Segundo o diretor do Departamento de Pesquisa e Monitoramento da secretaria, Edison Reva, o impacto ao ambiente só foi reduzido por dois fatores: uma mureta que conteve o óleo, impedindo que o produto se espalhasse e o clima favorável, sem chuvas. "Estamos concluindo a análise desse impacto para definirmos o valor da multa", salientou Reva.
A carga estava sendo transportada da Refinaria Getúlio Vargas (Repar), subsidiária da Petrobrás, em Araucária, para o porto de Paranaguá. A Secretaria Municipal do Meio Ambiente já notificou a Petrobras, a Repar e a Transportadora Relógio pelo acidente. O motorista Antônio de Paula Dubiela, que conduzia o veículo, também foi notificado e pode ser responsabilizado.
Segundo a Petrobras, a limpeza do local foi concluída ao meio-dia desta segunda-feira. A empresa e a transportadora Relógio só vão se manifestar sobre o acidente depois que a Secretaria Municipal do Ambiente definir o valor da multa. Esse é o segundo acidente com óleo combustível envolvendo a Transportadora Relógio. Em 25 de abril um caminhão da transportadora derramou 30 mil litros de óleo para caldeiras de navios na serra do Mar, depois de um acidente na BR-277.